O V. Guimarães regressou aos triunfos na Liga mais de um mês depois, reassumindo assim o quinto lugar da tabela classificativa. A equipa de Ivo Vieira derrotou o Portimonense (2-0) no D. Afonso Henriques, tirando proveito dos desaires de Boavista e Sp. Braga para subir ao top 5 com nota artística na forma como construiu os golos.

Longe de deslumbrar, o Vitória dominou o jogo e amealha os três pontos com dois golos de fino recorte técnico. No primeiro há dois túneis de Ola John antes de servir Bonatini e no segundo Marcus Edwards bate cinco jogadores do Portimonense na área adversária.

Segundo triunfo consecutivo dos vimaranenses após o triunfo no Bonfim para a Taça da Liga, depois de estar mais de um mês sem vencer para o campeonato. O Portimonense teve uma prestação destemida e chegou a incomodar, mas voltou a não conseguir vencer em Guimarães. O último triunfo remonta a 1988, já lá vão 31 anos.

Embrulharam o presente

Motivado pela perda de pontos dos principais adversários diretos, o V. Guimarães entrou praticamente a vencer no encontro. Golo de Bonatini logo aos dois minutos a adiantar os vimaranenses no marcador num lance delicioso de Ola John. O holandês passou por dois adversários junto à linha, um deles com um túnel, e depois atrasa para Bonatini com um novo túnel.

Brilharete de Ola John na linha, frieza na finalização de Bonatini numa espécie pressente para o Vitória. Contudo, o golo madrugador, o tal presente, foi embrulhado pela equipa de Ivo Vieira e embrulhou, ao mesmo tempo, o jogo. O Portimonense não aumentou o ritmo, a equipa da casa não teve essa necessidade e assistiu-se a uma primeira parte morna.

De quando em vez o ataque do Vitória conseguia fazer a bola cruzar a área com muito perigo, mas não aparecia ninguém para fazer a emenda deles lances desconexos e sem sequência. Do lado do Portimonense as bolas despejadas para a área iam causando calafrios, tal como aconteceu a instantes do intervalo. ´

Jackson Martinez chegou mesmo a cabecear para o fundo das redes, os algarvios festejaram golo mas o VAR entrou em cena e assinou daqueles foras de jogo milimétricos que se estão a tornar recorrentes, anulando o golo. Aviso ao Vitória, que apesar de estar por cima ia-se expondo defensivamente e ofensivamente não conseguia ser suficientemente incisivo.

Magia de Edwards decide

A toada manteve-se após o descanso. Aproximações à área de parte a parte, ameaças constantes e um limbo entre o empate e o segundo do Vitória. Jackson voltou a tentar a sua sorte aproveitando uma escorregadela de Tapsoba, mas Douglas fez uma intervenção assombrosa a evitar o empate.

Até que Marcus Edwards, Sir Marcus Edwards, resolveu o jogo num lance individual de fino recorte técnico. Os adjetivos a Ola John repetem-se para o inglês, sendo que o esquerdino finalizou ele próprio lance. Saiu do meio de três contrários e fez depois a bola entrar ao poste mais distante desviando a bola de Ricardo Ferreira com um túnel a Jadson.

O pequeno extremo britânico resolveu o jogo com um lance de inspiração em que bateu cinco adversários, devolvendo o Vitória aos triunfos na Liga O jogo valeu pelos lances dos dois golos do Vitória. Nota artística para ver e rever. O Vitória iguala, à condição, o Sporting e ultrapassa Sp. Braga, Boavista e Tondela.