Luta titânica pelo quinto lugar, confronto direto no D. Afonso Henriques e um jogo de qualidade superior entre Vitória e Rio Ave. Os três pontos penderam para a equipa da casa (3-2), de forma quase heróica com uma cabeçada do capitão Pedrão a três minutos dos noventa.

Três grandes penalidades marcaram a primeira parte, Gabrielzinho assinou o golo da noite com um golpe vistoso e no fim as contas ficaram seladas com o tal golo de Pedro Henrique, que se estreou a marcar na Liga. O Rio Ave esteve por cima no futebol jogado, o V. Guimarães foi mais vertical e fez a diferença com três golos de bola parada.

Numa série de três triunfos consecutivos, Luís Castro repetiu o mesmo onze pela quarta jornada consecutiva, algo difícil de imaginar num início de época com muitas mexidas. Já José Gomes fez duas alterações. Nadjack regressou ao onze, enquanto que Galeno acabou por se ficar pelo banco de suplentes, dando o seu lugar a Gabrielzinho.

Onze metros de diferença

Em situações contrastantes no campeonato, com V. Guimarães a vir de vitórias frente a um Rio Ave que averbou duas derrotas nas duas últimas jornadas, mais do que o momento jogou-se também pelo quinto posto. As duas equipas chegaram à 12.ª jornada igualados na tabela com 18 pontos.

O Rio Ave apresentou-se no D. Afonso Henriques com o seu estilo característico, forte na primeira fase de construção e com mais posse de bola, fazendo o Vitória por recuperar a bola cirurgicamente para depois se lançar de forma mais vertical para o ataque.

Deu frutos a estratégia do Vitória, pelo menos no que à capacidade de remate diz respeito, uma vez que a equipa da casa rematou mais. Acabou por chegar ao golo através de um castigo máximo, o primeiro de um embate repleto de grandes penalidades. André André fez o primeiro da noite e aproveitou o derrube de Buatu a Guedes para adiantar o V. Guimarães no marcador, dando expressão ao ligeiro ascendente.

A vantagem durou, contudo, pouco tempo. O Rio Ave reagiu de pronto e apenas cinco minutos depois Vinícius transformou também um castigo máximo. Guedes tentou o corte de bicicleta e acertou em Coentrão, ficando tudo igual no resultado.

O golo pesou no V. Guimarães e galvanizou o Rio Ave, que dominou por completo a segunda metade da primeira parte. Trocou a bola em terrenos mais adiantados a turma vila-condense, com critério, e trocou as voltas ao Vitória.

Em cima do intervalo André André bisou na partida, outra veza de penálti e levou o Vitória em vantagem para as cabines. Borevkovic travou Davidson quando o extremo estava de costas para a baliza, André André bisou.

No soar do gongo

A vantagem do V. Guimarães voltou a não durar muito tempo. O Rio Ave ameaçou na segunda metade, avisou, provocou lances de perigo e chegou ao empate por intermédio de Gabrielzinho. Bonito golo, o mais espetacular da noite com um remate acrobático à meia volta a confirmar a boa fase do Rio Ave.

As duas equipas quiseram ganhar, o jogo continuou intenso e gladiado ao milímetro lance a lance, palmo a palmo. Perigo numa área, frisson na outra até Pedrão apontar o golo do triunfo. Cabeceamento certeiro a corresponder a um livre de Tozé.

Quarta vitória seguida do Vitória, que assim cimenta o quinto lugar e pela terceira época consecutiva marca três golos na receção ao Rio Ave. Em sentido inverso, o Rio Ave perdeu pela terceira jornada consecutiva e é ultrapassado na tabela classificativa.