FIGURA: Rochinha
Enquanto teve pernas o atacante foi o elemento mais irreverente do encontro. Fantasista, esperou pelos adversários, encarou-os, provocou desequilíbrios e, no fundo, deixou fluir o que de melhor tem o futebol: técnica, fintas, momentos de arte. Para além disso teve a capacidade de definir o jogo ao apontar o único golo da tarde. Saiu ao minuto 67 quando parecia já debilitado fisicamente.

MOMENTO: golo de Rochinha (18’)
Rochinha abriu caminho para Marcus Edwards ganhar terreno na direita. Após acelerar o extremo partiu os rins aos adversários e enquadrou-se com a baliza. O remate sai ao ferro, mas ressaca para Mansur, que desvia involuntariamente para Rochinha. De primeira o atacante disferiu uma autêntica bomba com selo de golo que apenas parou no fundo das redes.

OUTROS DESTAQUES

André André
O médio internacional português funcionou como um pêndulo na equipa de Bino Maçães, sendo o principal ponto de equilíbrio do Vitória de Guimarães. Jogo discreto, mas ao mesmo tempo competente de André André.

Morita
O japonês de 25 anos acrescenta valor ao setor intermediário do Santa Clara, cotando-se como um dos melhores da equipa de Daniel Ramos. Completo no posicionamento e forte na posse de bola, no capítulo do passe, foi dos melhores dos açorianos.  

Marcus Edwards
Foi das suas arrancadas, juntamente com Rochinha, que saíram os principais rasgos e momentos de frisson do Vitória. A forma como desequilibra no lance de golo é elucidativo disso mesmo.

Mansur
Forte fisicamente, ganhou muitos duelos e deu expressão ao Santa Clara através do lado esquerdo. Combinou várias vezes com qualidade com os companheiros, chegando a zona de cruzamento.