Quando todos já pensavam num empate sem golos entre duas equipas a transpirar aflição, quadro amplamente negativo para um dos piores espetáculos que se terá visto esta época no futebol português, Nuno Coelho atirou para o golo do Arouca.

Não foi justo: o V. Setúbal teve melhores ocasiões na primeira parte (mesmo assim, só duas) e mesmo na segunda (depois da entrada de Diego).

O Arouca desperdiçou grande penalidade no início do segundo tempo (David Simão atirou muito por cima, sem confiança). Na fase em que chegou ao golo, já tentava, essencialmente, segurar o 0-0.

Mas o futebol tem destas surpresas: foi contra a corrente e deu três preciosos pontos a um Arouca que não foi assim muito consistente.

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Foi uma primeira parte muito fraca, do pior a que já assistimos esta época na Liga.
 
As duas equipas pareciam mostrar mais receios de perder do que, propriamente, ambição de ganhar.
 
É certo que os sadinos estiveram mais perto de marcar: sobretudo naquele lance em que João Schmidt, na cara de Goicoechea, remata com muito perigo, obrigando o guarda-redes de Arouca a defesa de grande nível, para canto.
 
O guardião uruguaio ainda mostrou outro bom indicador, ao travar tentativa de Lupeta, já próximo do intervalo.
 
O Arouca ensaiou alguns ataques, mas sem grandes armas para criar perigo. A exceção terá sido um lance até um pouco estranho, nascido de livre pela esquerda, em que Pintassilgo, de costas para a baliza, tenta cabeceamento, no início aparentemente inofensivo, mas que quase entrava, não fosse a especial atenção de Ricardo Batista.
 
Tirando esses três momentos de certo interesse, dois para o Setúbal e um para o Arouca, os primeiros 45 minutos foram confrangedores. Mau futebol, pouca qualidade, pontapé para a frente, pouco rasgo, pouco discernimento, muita precipitação.
 
DEPOIS DO INTERVALO, QUASE NADA DE NOVO
 
O segundo tempo começou com o mesmo tom dos primeiros 45 minutos: pouco futebol.
 
O Arouca surgiu mais ofensivo e teve oportunidade de ouro para faturar, quando François, de forma ingénua, faz penálti sobre André Claro, que já não chegaria ao lance.
 
Mas David Simão, intranquilo, atirou por cima.
 
0-0, tudo na mesma. Até o penálti o Arouca falhava.

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Pintassilgo, poucos minutos depois, atirou por cima.

Parecia ficar-se por aí, o Arouca. O V. Setúbal voltou a aparecer com mais perigo, sobretudo no lance em que Lupeta é apanhado em fora de jogo. Por pouco.

Com a entrada de Diego, o V. Setúbal parecia estar ainda mais perto do golo. Mas seria o Arouca a marcar.

Em jogo fraco, de semblante triste, ninguém merecia ganhar. O 0-0 seria mais justo.