O MOMENTO
Minuto 70, golo de Aboubakar: Apesar do claríssimo domínio do FC Porto, o marcador continuava com o 0-0 inicial, e não parecia haver maneira de o fazer mexer. Até que, após um excelente cruzamento de Layun (como tantos que já tinha feito antes), Aboubakar despertou novamente para os golos, cabeceou na área, fez mexer o marcador, e decidiu o jogo. A baliza foi desbloqueada e Layun acabaria depois por fazer também o seu merecido golo.

A FIGURA
Aboubakar: Depois de um início de época implacável com as balizas adversárias, o avançado camaronês atravessava um período de seca de golos, mas por culpa própria. Desperdício tem sido a palavra de ordem e na primeira parte do jogo de hoje, continuava a acontecer. Aboubakar fez tudo bem, chegou junto à baliza com a bola em boas condições, cabeceou, desmarcou-se... ficava apenas a faltar a execução exemplar também do remate. Mas Aboubakar redimiu-se. Aos 70 minutos, o avançado recuperou o killer instinct e decidiu o jogo com um cabeceamento na área.

Outros destaques:
Layun: Bom trabalho, quer na defesa, que nas transições ofensivas. Bem a levar a bola para a frente e ainda a criar perigo de bola parada. A fechar a primeira parte, com um remate fortíssimo, obrigou Raeder a esmerar-se para evitar o golo. Mas acabou mesmo por marcar o segundo golo do encontro.

Brahimi: Regressou bem ao onze após uma paragem por lesão. Levou quase sempre a bola para onde quis e Gorupec, mesmo chamando reforços, pouco conseguiu fazer para o travar. O argelino foi responsável por vários passes de qualidade, a servir Aboubakar. Na segunda parte esteve menos em jogo, mas ainda teve um remate perigoso.

Tello: Foi por ele que passaram quase todos os ataques portistas na segunda parte. Bem a dominar o corredor direito, com cruzamentos milimétricos para o coração da área, que careciam apenas que um companheiro lhes desse o destino merecido. Na primeira parte já tinha obrigado Raeder a uma defesa com o pé, e Gorupec a tirar quase em cima da linha de golo.

Lukas Raeder: Conseguiu manter a baliza incólume durante 70 minutos, e não foi por falta de trabalho. Arriscou em algumas saídas aos pés de Aboubakar, e saiu sempre a ganhar. Defendeu com o pé um remate de Tello, e fechou a primeira parte com uma excelente defesa a uma pontapé fortíssimo de Layun. Acaba por não ter responsabilidade em nenhum dos golos.

Frederico Venâncio: Quase um segundo guarda-redes. O capitão sadino teve uma mão cheia de cortes providenciais em alturas em que apenas ele estava entre a bola e a linha de golo.