Ainda não foi desta que o V. Setúbal voltou aos triunfos, também não perde o Moreirense mas volta a perder pontos depois de dois triunfos. Empate a uma bola em Moreira de Cónegos, num embate em que os brindes de parte a parte evitaram o nulo num jogo longe de bem jogado, ainda que muito disputado.

Esteve na frente o V. Setúbal com um golo de Cádiz, que marcou no regresso a Moreira de Cónegos, igualou ainda na primeira parte o Moreirense com um autogolo de Sílvio. Resultado selado ao minuto 36. Teve mais iniciativa o Moreirense, tentou ser objetivo o conjunto sadino. Um ponto para cada lado acaba por ser um mal menor para as duas equipas.

Em posição antagónicas, o Moreirense na sua melhor fase da época na Liga e com o quinto lugar para cimentar recebeu um V. Setúbal que há doze jornadas não sabia o que era vencer. Predicados que davam ascendente à equipa da casa, o que acabou por se confirmar.

Crença premiada com brindes

Ainda assim, com Mendy e Cádiz no ataque a servir de setas ofensivas, os sadinos tentaram sempre criar perigo de forma repentina e com a velocidade dos seus homens da frente a contrastar com o futebol mais de posse dos Cónegos.

Mantendo a tradição de marcar sempre em Moreira, Cádiz adiantou o Setúbal no marcador logo aos dezassete minutos. Balão de Mano para o ar, aparentemente inofensivo, mas a causar calafrios ao cair entre as costas da defesa e a zona de ação de Jhonatan. Cádiz pôs a velocidade a funcionar e foi de cabeça onde o guarda-redes do Moreirense não chegou com as mãos.

Vantagem do Vitória de Setúbal que o Moreirense teve de combater, chegando ao empate a instantes do intervalo na sequência de um pontapé de canto. Cruzamento de Bruno Silva, Hallice pressionou ao segundo poste e acabou por ser Sílvio a introduzir a bola na própria baliza.

Valeu a crença de ambos os conjuntos, a ser premiada com brindes dos adversários. A abordagem de Jhontanan não foi a melhor, Makaridze e Sílvio também não ficaram propriamente bem na fotografia, chegando-se ao intervalo com uma igualdade.

Encaixe seguro pelo ferro

A segunda metade foi morna. Continuou disputada, nunca faltou afinco na disputa dos lances, mas a verdade é que quer o conjunto de Ivo Vieira quer o conjunto de Sandro não tiveram clarividência para pôr a bola à flor do relvado.

O Moreirense atirou uma bola ao ferro, por Heriberto, num dos lances de maior perigo da segunda metade, mas acabou reduzido a dez elementos por expulsão de Halliche. Já nos descontos foi Éber Bessa a ter nos pés o empate. Seria um castigo demasiado madrasto para os Cónegos.

Empate acidentado, com várias disoutas e muita luta. Aumenta para treze o número de jornadas que os sadinos somam sem vencer. O Moreirense falhou o terceiro triunfo consecutivo, podendo ver a concorrência aproximar-se.