Nervos à flor da pele. Luta quase que desumana num espaço reduzido. Bola parada quando já passavam quatro minutos para lá da hora a valer ao Moreirense o empate (1-1) na receção ao Vitória de Setúbal. Éber Bessa marcou aos doze minutos e a juntar esse golo à organização sadina quase foi suficiente.

Valeu o tal golo de Fábio Abreu no último lance do jogo a ditar o empate. Mateus Pasinato, guarda-redes do Moreirense, em plano de destaque no golo do Moreirense. Foi à área adversária e fez a assistência.

O Moreirense vinha de uma goleada, a maior da sua história na Liga, o V. Setúbal de uma derrota pesada. O fator anímico não teve um peso determinante no embate desta tarde, uma vez que não se notou qualquer atitude reativa a esses mesmos resultados.

Gelo de Éber Bessa

Galvanizado pela goleada da semana passada em Barcelos (1-5), o Moreirense entrou em campo tentado a manter a boa fase. Conseguiu um bom início de partida, tendo uma primeira dúzia de minutos prometedora. O conjunto de Ricardo Soares teve várias aproximações auspiciosas à baliza adversária, ameaçando adiantar-se no marcador.

Só que na primeira vez que os sadinos desceram à área adversária foram letais e tiveram aquilo que faltou do outro lado: verticalidade e capacidade finalizadora. Leandro Vilela cruzou na direita para as costas da defesa, onde apareceu Éber Bessa a corresponder de pé direito, atirando a bola para o fundo das redes.

Gelo sadino a resfriar a entrada do Moreirense, fazendo a intensidade do encontro baixar consideravelmente após ele lance. Éber Bessa ainda rubricou um remate perigoso logo após o golo, sendo que depois disso o Moreirense correu atrás do prejuízo, ainda que sempre de forma muito atabalhoada e pouco criteriosa.  

Organização suficiente perante a desinspiração

Essa corrida atrás do prejuízo dos cónegos foi quase sempre estéril. A juntar à postura passiva do Vitória de Setúbal, que não tinha necessidade de entrar em grandes correrias, a segunda metade do encontro foi enfadonha.

A organização sadina foi suficiente. Sem intenções, nem a tal necessidade, de mexer muito com o jogo, o Setúbal contrariou com facilidade um Moreirense desinspirado a quem faltou, talvez, um pouco da fortuna da última jornada.

Quando o Setúbal já ia fazendo contas à tabela classificativa, no último lance do encontro, o Moreirense conseguiu o empate que conferiu justiça ao marcador. Bola para a área, num lance de bola parada, Nené ganha a primeira bola, Pasinato desvia nas alturas ao segundo poste, parecia um jogador de campo, e Fábio Abreu agarra um ponto para o Moreirense.

Empate no qual a emoção esteve guardada para o derradeiro lance do encontro.

O resumo do jogo: