Um pontinho para cada. Nacional e V. Setúbal anularam-se este domingo na Madeira num jogo fraco e quase sem oportunidade de golo. Os sadinos ainda ‘desperdiçaram’ uma grande penalidade, mas o certo é que tanto de um lado como do outro do campo, faltou quase tudo para mexer com o marcador.

Confira a FICHA DO JOGO

Com ambas as equipas separadas por apenas um ponto na tabela classificativa, e em zona muito próxima da linha de água, adivinhava-se uma luta interessante pelos os três pontos em disputa. O Nacional, que vinha de quatro derrotas consecutivas, recebia um V. Setúbal que não vencia há oito jornadas.

Vencer não era uma questão de vida ou de morte, mas revelava-se fundamental para pelo menos sacudir da crise de resultados em que sadinos e madeirenses se encontravam presos. No final dos 90 minutos, o nulo acabou por ser mais que justo.     

Costinha fez quatro alterações no onze inicial que levou a na última ronda, em casa do Moreirense (derrota por 2-1): Lucas França, Witi, Jota e Gorré (este último foi emprestado no último dia do mercado), cederam o lugar a Daniel Guimarães, Palocevic, Diego Barcelos e Riascos.    

Do lado do V. Setúbal, Sandro Mendes operou apenas duas mexidas em relação à equipa iniciou o jogo contra o Sporting, no Bonfim (1-1): André Sousa e Rúben Micael trocaram com Éber Bessa e Sílvio.

Entrou melhor a equipa de Costinha, com um bloco alto a pressionar a primeira fase de construção do conjunto orientado por Sandro Mendes. Mas o jogo estava destinado a ser dividido em termos de domínio e de oportunidades. Neste último capítulo, a primeira foi protagonizada pelo Nacional. Aos 14’, Palocevic aproveitou um mau alívio da defesa sadina para rematar de em plena grande área, com o esférico a sair muito perto da baliza de Cristiano.

Seguiu-se uma fase de jogo muito pouco agradável, repleta de quase oportunidades de perigo, muitas faltas e paragens, algumas delas longas. Emoção a sério ficou reservada para os últimos antes do intervalo.

Aos 41’, Diego Barcelos conseguiu introduzir a bola na baliza sadina, numa recarga a uma defesa incompleta de Cristiano a cabeceamento de Rosic, na sequência de um pontapé de canto marcado desde a direita do ataque dos madeirenses. Mas não contou, pois o jogador alvinegro encontrava-se em posição de fora de jogo.

Quatro minutos depois, o V. Setúbal ainda dispôs de uma soberana oportunidade para desfazer o nulo antes do descanso. Júlio César travou Jhonder Cádiz a meio da grande área, mas Zequinha, desde a marca dos 11 metros, atirou algo denunciado e Daniel Guimarães defendeu para canto.

Resumindo, para tão pouco espetáculo, o nulo acabava por assentar com alguma justiça ao intervalo, já que as duas equipas arriscaram muito pouco nos primeiros 45 minutos.  

O segundo tempo trouxe mais alguma emoção, com o V. Setúbal, em transições rápidas, a semear alguns sustos junto do último reduto do Nacional, que reentrou com as linhas mais subidas e apostadas em construir com posse de bola. Mas os sustos não passaram de sustos, e o domínio dos madeirenses apenas conseguiu produzir mais remates, embora sem a direção da baliza.

A par da muita falta de arte e engenho por parte das duas equipas, com os sadinos a caírem muitas vezes em fora de jogo, e o ataque madeirense a rematar sempre muito mal desde a meia distância (um remate de Rochez chegou mesmo a sair do estádio…), a etapa complementar voltou a ser marcada por muitas faltas e interrupções e jogo. Afinal, o regresso às vitórias não era o objetivo de qualquer uma das equipas. Não perder é que era fundamental.