Com dois golos de Jackson Martinez, o Portimonense venceu o Vitória de Setúbal e igualou a equipa sadina na tabela classificativa da liga. Jadson abriu o caminho para a conquista dos três pontos e para um domínio algarvio que chegou a ser sufocante. O golo de Mikel na segunda parte ainda animou o Vitória, mas o aperto final não deu para mais.

No Dragão, António Folha mudou e a equipa apresentou-se em 5x3x2. Apesar da boa resposta em termos exibicionais, o treinador do clube algarvio voltou hoje ao habitual esquema, em 4x3x3, mas alterando apenas uma peça: Ewerton, que não atuou frente aos campeões nacionais por estar emprestado, voltou ao onze em vez de Lucas Possignolo, que está lesionado.

Lito Vidigal manteve o 4x2x3x1, mas efetuou três alterações em relação ao onze inicial que perdeu com o Benfica na última jornada: saíram Cristiano, Nuno Pinto e Jhonder Cadiz e entraram Joel Pereira, André Sousa e Nuno Valente.

Depois de uma fase inicial de «encaixe» e sem grandes riscos por parte das duas equipas, o Portimonense chegou ao golo - e ainda bem cedo, aos 10 minutos por Jadson e depois de Paulinho ter visto Dankler roubar-lhe a felicidade num corte providencial para canto, -, e a partir desse momento deu sentido único à partida, com transições rápidas e com poucos passes errados, numa troca de bola que confundiu por completo a equipa sadina, que andou durante todo o jogo a ver os algarvios jogarem, apesar da tentativa de resposta na segunda metade que contrariou, mas de forma leviana, essa tendência, e foi recorrente as claras oportunidades que o Portimonense construiu e que, com naturalidade, foram aumentando a diferença no marcador.

Com Manafá, Nakajima, Paulinho e Jackson Martinez endiabrados, o Vitória passou um mau bocado até ao intervalo e o perigo foi uma constante: Jackson acertou nos ferros depois de um trabalho delicioso e Ewerton falhou à entrada da pequena área, proporcionando uma grande intervenção a Joel Pereira, mas a asfixia do Portimonense acabaria por resultar em mais um golo antes do intervalo, em mais um grande pormenor de Jackson Martinez, que colocou a bola junto à base do poste esquerdo da baliza de Joel Pereira, e colocando números mais condizentes (quiçá até escassos para tanto domínio) no marcador.

FILME E FICHA DE JOGO.

Apesar da melhoria de atitude vitoriana - menos passiva - a história teve continuidade após o descanso, e Cha Cha Cha (Jackson Martinez) voltou a brilhar, bisando de cabeça, dando a melhor sequência a um cruzamento perfeito de Nakajima.

Com o jogo controlado pelo Portimonense e a pouca assertividade sadina, sentia-se que o triunfo não iria fugir aos algarvios, mesmo depois de Mikel Agu ter amenizado os números no marcador, de cabeça, quando ainda faltava meia-hora para se jogar, tempo que a equipa de Lito Vidigal aproveitou para subir no terreno e, finalmente (!), conseguir gizar situações de perigo para a baliza de Ricardo Ferreira, com destaque para um duplo falhanço aos 80 minutos, por Mendy, com grande defesa do guarda-redes, e por Éber Bessa, com Jadson a evitar o golo com um corte em cima da linha fatal. Jhonder Cadiz, já perto do final também teve o golo na cabeça, mas Ricardo Ferreira evitou e nos descontos Éber Bessa ainda acertou nos ferros da baliza algarvia.

Atendendo à diferença que realmente existiu entre as duas equipas, o Portimonense é um justo vencedor, tendo dominado na maior parte do tempo, com os sadinos a replicarem apenas quando estavam a perder por 3-0.