[artigo atualizado às 23h55]

Pedro Proença abordou esta sexta-feira a despromoção na secretaria do Vitória de Setúbal, depois de não ter cumprido com os pressupostos financeiros necessários para disputar os campeonatos profissionais.

«O processo pandémico levou a estas dificuldades, o futebol profissional tem uma grandeza diferente. Existe o campeonato desportivo e o campeonato das contas. Estar nas competições profissionais é para quem pode e quem tem um conjunto de responsabilidades», disse, à margem do sorteio da Liga.

«Temos de evitar alguns cenários, não podemos ter equipas que podem não acabar as provas por não pagarem os vencimentos. A credibilidade é dos nossos valores», prosseguiu.

O líder da Liga confirmou ainda que a Taça da Liga terá ainda um «enquadramento diferente» e afirmou ter a ambição de ver adeptos nos estádios na próxima época.

«No que podemos controlar, temos tudo preparado numa época com condicionantes diferentes, mais reduzida no tempo. O processo de retoma no final da época passada deu-nos capacidade de resposta para algo que não estávamos preparados. Ambicionamos recomeçar a I e II ligas num enquadramento diferente, com menos adeptos do que queríamos, mas com vontade de fazer três grandes competições», atirou.

Proença voltou a falar após o sorteio da Liga, abordando a questão da presença de público nos estádios.

«Se permitem que na festa do Avante haja público, assim como nas touradas, também podemos criar todas as condições para que, rapidamente, possa haver adeptos no futebol profissional», disse, em referência à pandemia de Covid-19. 

O dirigente vincou, ainda assim, que os clubes «sabem que há valores, como a Saúde, que, neste momento, não se podem ultrapassar», mas lembrou que «o futebol vive para os espetadores». Ainda assim, Proença pretende ter adeptos nos estádios antes da final four da Taça da Liga.

«Temos expetativa que as coisas aconteçam antes da ‘final four' em Leiria. O documento que entregámos na DGS vai nesse sentido, que essa antecipação do regresso aconteça antes [de janeiro]. Mas é o quadro pandémico que vai determinar a tomada de posição da DGS», concluiu. 

[Artigo originalmente escrito às 19h16 de 28-08-2020]