Sandro, treinador do V. Setúbal, em declarações na conferência de imprensa, após mais um empate a zero, desta vez com o Marítimo.

«Foi um jogo difícil, como prevíamos. Com uma primeira parte sem oportunidades, por vezes até mal jogada.  Mas na segunda o Vitória entrou para ganhar e fez tudo para isso. Tivemos duas oportunidades claras para fazer golo, mas não conseguimos. Tentámos, os processos estavam lá, mas infelizmente não marcámos. Só nos falta fazer golo.»

[mais um 0-0 no campeonato]

«Não é fácil fazer golos nem criar oportunidades. Nós criámos duas oportunidades claras de golo. Eu estaria mais preocupado se não criássemos oportunidades. E ninguém quer mais do que os jogadores fazer golos. Se calhar isso [os muitos jogos a zero] mexe com os jogadores. Tal como os sons vindos da bancada. Mas faz parte de quem escolheu esta vida como profissão e tem de se adaptar a isto.»

[sobre a contestação dos adeptos à saída de Ghilas e no final da partida]

«Eu sou daqui de Setúbal, fiz grande parte da minha carreira aqui e sei os adeptos que temos, que são exigente e ainda bem que o são. Mas há coisas que é preciso perceber. O Ghilas chegou tarde, fora de forma, sem treinar, e aos poucos está a ganhar forma. E nós queremos um Ghilas que nos ajude por muito tempo, não queremos rebentar o jogador. O Hachadi entrou quando o Ghilas já estava com alguma dificuldade. Eu entendo que os adeptos queiram ganhar, mas não querem mais do que os profissionais que estão aqui a trabalhar.»

«Se houvesse união e eles não passassem tanta intranquilidade para dentro do campo, talvez fosse melhor. Não podemos apontar nada a estes jogadores, a entrega e dedicação foram enormes.»

[empate sabe a pouco?]

«Acho que fizemos o suficiente para ganhar. A duas melhores oportunidades são do Vitória, por isso este resultado sabe-me a pouco. Também sei que não é fácil fazer golos e eu se pudesse ganhava os jogos todos. Agora, somámos mais um ponto, temos oito e o quinto classificado tem 12. Será que o Vitória está assim tão mal?»

[sobre uma troca de palavras de Berto com alguns adeptos no final do jogo]

«Quem dá o que tem, se esforça e trabalha, não gosta de conviver com determinadas situações, mas têm de o saber fazer. E o Berto é igual aos outros jogadores, tem de conviver com a exigência dos adeptos. Não vou dizer se foi justo ou injusto, mas temos de saber conviver com estas situações.»