Ataques letárgicos, defesas eficazes. Futebol pouco entusiasmante.

Foi este o balanço do primeiro esboço da terceira jornada da Liga, entre V. Setúbal e Moreirense, que se defrontaram pela segunda vez esta temporada depois da Taça da Liga.

A primeira parte foi marcada pelo equilíbrio, com as duas equipas a apresentarem dificuldades em abrir brechas no último terço.

Jogou-se quase sempre a um ritmo morno e só pontualmente houve laivos de emoção. o conjunto da casa, que apresentou um futebol mais lento e que por vezes deixou os adeptos impacientes, não acumulou mais do que uma boa oportunidade de golo nos primeiros 45 minutos quando, já depois da meia hora, Hachadi atirou de cabeça ao lado após ser servido por Éber Bessa.

FICHA DE JOGO DO VITÓRIA-MOREIRENSE: 0-0

A equipa orientada por Vítor Campelos também não apresentou níveis de inspiração assinaláveis, mas teve quase sempre outra capacidade de chegada ao último terço.

Mesmo sem um processo muito rendilhado, construía com mais critério, com Pedro Nuno, Filipe Soares e Bilel a suportarem a referência ofensiva Fábio Abreu. Aos 36 minutos, Pedro Nuno rematou para defesa a dois tempos e pouco depois Iago introduziu a bola na baliza sadina, mas em fora de jogo.

De quentinha no Bonfim só mesmo a elevada temperatura, acima dos 30 graus durante toda a primeira. E o jogo, esse, até prometeu mais nos minutos iniciais da etapa complementar. Éber Bessa começou por atirar ligeiramente por cima na cobrança de um livre direto; Fábio Abreu respondeu no minuto seguinte.

O mercúrio baixou, mas a temperatura do jogo manteve-se morna, com os dois lados a procurarem fazer mais com o avançar do cronómetro mas com os ataques quase sempre num estado de letargia que nem as substituições avulsas conseguiram alterar.

Mansilla, Guedes, Luther Singh e Nenê. Mais pulmão, verticalidade e experiência para as respetivas frentes de ataque, que só a espaços se foram mostrando.

Aos 70 minutos, os visitantes estiveram perto do golo por Iago, num cabeceamento defendido pelo sempre seguro Makaridze, naquela que foi o último esboço ofensivo dos homens de Campelos.

Nos minutos finais, a alma sadina quase fazia a diferença. O Vitória encheu-se de vontade, atirou-se para a frente e Guedes quase marcou aos 86m, na melhor oportunidade de golo de todo o jogo.

Manteve-se o 0-0, uma tendência dos sadinos, que continuam sem rematar certeiro nesta edição da Liga e o Bonfim continua sem ver golos. O Moreirense chega aos quatro pontos na prova.

RESUMO VÍDEO: