O Momento:  
Momento Guedes: O avançado ainda começou a partida no banco de suplentes, mas tem a estrelinha de ser feliz contra o Vitória. Foi chamado ao jogo por Rui Quinta, ainda na primeira parte, mas foi na segunda que os holofotes caíram sobre ele: cruzamento da esquerda aparecendo oportuno a carimbar o golo penafidelense. Voltou a festejar diante dos sadinos como já tinha feito na primeira volta.
 
A figura
Haghighi
O guarda-redes iraniano que já jogou na Serra, pelo Sporting da Covilhã, tem intervenções pouco ortodoxas, mas vai levando a água ao seu moinho. Num jogo com estas características, em que a equipa sabe que vai sofrer durante alguns períodos, é fundamental ter alguém que tranque a baliza. E o iraniano cumpriu bem o seu papel.
 
O positivo
Jogadores portugueses: Vitória e Penafiel são dois históricos do futebol português, que, apesar das oscilações na performance desportiva, mantêm identidades próprias bem vincada. Não será alheio a isso o fato de as duas formações terem iniciado o encontro com 16 (!) jogadores portugueses. Numa altura em que se debate a aposta no jogador nacional, Vitória Setúbal e Penafiel dão (e bem) o exemplo. Ninguém lhes pode apontar o dedo. Chapeau!
 
O negativo
Meia hora de nada: Mal o árbitro apitou para o início da partida se percebeu que este jogo não era para artistas. O estado de alma das duas equipas não era propício a grandes espetacularidades, mas havia, ainda assim, a esperança de que, mais cedo ou mais tarde, os craques aparecessem. Demoraram mais de 30 minutos a levantarem as bancas. O autor da proeza foi Pelkas, com uma bola no ferro. Tirando isso, o primeiro tempo foi uma mão cheia de nada.
 
 
Outros destaques
Advíncula
O peruano nem sempre decidiu bem, é um fato, mas tentou sempre imprimir velocidade ao lado direito do ataque sadino. Procurou várias vezes, talvez em demasia, encontrar Suk, no meio dos centrais do Penafiel, mas sem grandes efeitos práticos. Ainda visou a baliza, através da meia distância, mas sem direção.

Quiñones
O jogador emprestado pelo FC Porto é claramente uma mais-valia para a equipa de Rui Quinta. Deixou de ser lateral a tempo inteiro, para subir uns metros no terreno, onde é útil devido à velocidade e bom pé esquerdo. Participou no lance do golo de Guedes.
 
Pelkas
Passou mais tempo escondido do que propriamente em acção, mas não se pode ficar indiferente a outro dado: as melhores finalizações do Vitória saíram dos pés do grego, tanto na primeira parte como na segunda. Não foi regular, é verdade, mas não poderá carregar nos ombros a culpa pela fraca produção ofensiva da equipa.