Um golo de Ruster já nos minutos finais do V. Setúbal-Portimonense permitiu à equipa algarvia regressar a sul com um ponto e adiar a bênção dos sadinos para mais uma época no principal escalão do futebol português.

Mais do que um jogo plenamente agradável de se ver, assistiu-se a um jogo com muitos nervos à flor da pele e picardias desnecessárias entre os jogadores.

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Com as duas equipas algo limitadas devido às ausências de habituais titulares por castigo, o conjunto visitante foi globalmente superior, mas foi aquele que esteve mais perto de capitular.

Estruturado em 4x3x3 e com uma ideia de jogo mais clara, o Portimonense ameaçou o golo num par de vezes na primeira parte. Jackson, Wellington e Henrique (num livre direto) estiveram perto do golo.

Intranquilos defensivamente, os homens de Sandro só conseguiram libertar-se na reta final da primeira parte, altura em que Cádiz e Nuno Valente, este com um remate ao poste esquerdo, beneficiaram de boas ocasiões para levar os sadinos para os balneários na frente.

No regresso para a segunda parte, o Portimonense voltou a assumir-se mais adulto. Circulação de bola, Paulinho no centro dos acontecimentos e Cascardo e Makaridze a travarem o golo que os algarvios faziam por justificar.

Como em tantas outras tramas futebolísticas, a ineficácia foi castigada. Não que o caudal ofensivo dos visitantes fosse avassalador, mas o Vitória fazia pouco para justificar o golo que viria a obter.

Aos 63 minutos, na sequência de um canto batido da esquerda por Éber Bessa, Semedo adiantou a equipa da casa no marcador.

Em busca da ressurreição, Folha arriscou. Lançou Ruster (um extremo) para o lugar de um lateral (Hackman), mas nessa altura era a equipa da casa quem parecia mais próxima do xeque-mate.

Os riscos corridos desequilibraram o Portimonense, exposto aos contra-ataques dos anfitriões que foram surgindo espaçadamente, mas acabaram por premiá-lo.

A ressurreição algarvia chegaria aos 87 minutos pela cabeça de Ruster, que desviou um cruzamento de Tormena ao segundo poste e deu a justiça possível ao marcador. Afinal de contas, o melhor Vitória nunca igualou aquilo que os visitantes chegaram a ser na primeira parte.