O Tondela continua na luta pela permanência na Liga, depois de vencer na tarde deste domingo o V. Setúbal no Bonfim, por 0-1. Valeu Pica, aos 86 minutos, a marcar o único golo da partida.
Assim, a equipa de Petit, que esteve ausente devido a castigo, alcançou mais três pontos, o décimo nos últimos cinco jogos, e aproximou-se da Académica e do União da Madeira, que perderam nesta jornada com o FC Porto e Sporting, respetivamente.
O Tondela tem agora 23 pontos, a Briosa 24 e a equipa insular 26.
Já o V. Setúbal complicou as contas, continua a desiludir em casa e nesta segunda volta do campeonato. Até começou bem a época, mas depois das saídas de Suk e Rúben Semedo em janeiro a equipa baixou de nível e em 14 jogos soma apenas sete pontos.
A formação sadina anda há três meses a tentar conquistar os 30 pontos da manutenção e ainda não os conseguiu. Os próximos jogos não serão fáceis, em Braga, Alvalade e no Bonfim com o Paços de Ferreira, mas ainda está tudo em aberto.
Conclusão? Quim Machado disse que o Tondela é passado e que está centrado no Vitória, mas, depois de na época passada levar o Tondela ao título da II Liga e colocar pela primeira vez o clube na Liga, pode também ter ajudado este domingo a equipa tondelense a continuar no principal campeonato português. Restam agora três finais: Rio Ave (c), Paços Ferreira (f) e Académica (c).
Também os adeptos do Tondela parecem gostar mais do treinador do que os adeptos sadinos, que logo após o apito final pediram a demissão do técnico. E a do presidente do V. Setúbal.
Quanto ao jogo, pouco a dizer. Não foi bom. A tarde foi de sol, os adeptos corresponderam, mas o futebol praticado pelas duas equipas foi fraco.
A primeira parte foi algo disputada, mas não teve nenhuma grande ocasião de golo. Alguns remates de parte a parte, com Ricardo e Cláudio Ramos a resolverem sem qualquer perigo.
Vasco Costa, André Horta e Makuszewski foram os melhores dos sadinos, enquanto Wagner foi o mais atrevido na formação do Tondela e contou com a ajuda de Lucas.
Na segunda metade, algumas alterações de parte a parte e a saída forçada de Tinoco, que estava bem na defesa da equipa visitante, mexeram um pouco com o encontro, mas não de forma entusiasmante.
Quim Machado apostou em Meyong e Ricardo Dani, enquanto José Vilaça, na ausência de Petit, fez entrar Murillo, Dolly Menga e Romário Baldé. Jogadores de ataque que imprimiram maior velocidade, mas que não chegaram ao golo... o único tento da partida nasceu do pé esquerdo do central Pica.
Foi já aos 86 minutos, quando já ninguém esperava, mas quando o Tondela ainda acreditava. Canto na esquerda, Ricardo não segurou o esférico, socou-o para a frente e o mesmo foi devolvido para a pequena área. Na confusão, Pica meteu o pé e rematou certeiro para o 0-1.
Caso ainda para dizer que este Tondela deixa sempre o melhor para o fim.
