A FIGURA: Cádiz

Na primeira parte bem pode dizer-se que foi Cádiz contra o mundo. Com o V. Setúbal a ter algumas dificuldades para criar perigo junto da baliza de Douglas, foi o venezuelano o farol ofensivo dos sadinos durante os primeiros 45 minutos, tendo sido dele até a melhor oportunidade da formação da casa nesse período. No segundo tempo, já mais acompanhado no último terço, continuou a fazer a cabeça em água aos centrais vimaranenses e foi mesmo dele o golo do empate, num penálti marcado com muita classe.

O MOMENTO: a classe de Cádiz para o ponto final

O Vitória de Setúbal tinha melhorado na segunda parte, mas o golo do empate, esse, tardava em aparecer. Até que Cádiz – quem mais – ganhou um penálti a Pedrão, expulsou o capitão vimaranense, e, no frente a frente com Douglas, mostrou-se sereno e fez o empate cheio de classe.

OUTROS DESTAQUES

Sílvio: depois de algum tempo sem jogar, Sílvio tenta agora recuperar o tempo perdido no Bonfim, mas a qualidade, essa, está lá. A jogar no lado esquerdo da defesa sadina, o internacional português não comprometeu defensivamente e em termos ofensivos mostrou sempre um critério acima dos colegas. Na segunda parte acabou por perder algum fulgor, mas sempre sem comprometer.

Mendy: entrou logo ao intervalo para tentar mudar o rumo dos acontecimento do lado do Vitória de Setúbal e foi uma aposta ganha por Sandro. Por vezes trapalhão, é certo, mas Mendy agitou as águas sadinas e deu maior poder de fogo a um ataque que até aí se tinha resumido a Cádiz e pouco mais.

Davidson: a par com o seu colega do lado esquerdo, Rafa Soares, protagonizou uma bela exibição. Durante largos momentos foi mesmo o elemento mais inconformado do ataque de Guimarães e ora a servir os companheiros, ora a rematar, esteve sempre com o golo no pensamento, tendo mesmo ficado perto ao minuto 60, quando atirou ao poste depois de uma bela jogada individual.

Mattheus Oliveira: depois de já ter marcado ante o Portimonense, o médio brasileiro voltou a fazer o gosto ao pé esta noite, mas nem só por isso merece ser destacado. Aquele pé esquerdo não engana e o meio-campo do conjunto de Luís Castro bem agradece. Sempre muito calmo a jogar, Mattheus acrescentou sempre classe e critério ao jogo. Além, claro está, do golo decisivo que marcou.

Rafa Soares: tem feito uma boa época e este sábado voltou a dar continuidade à boa forma. Sempre muito dinâmico na lateral esquerda, combinou várias vezes com Davidson para levar perigo à área sadina. Esteve também envolvido no golo de Mattheus.