Declarações do treinador do Vitória de Setúbal, Julio Velázquez, na conferência de imprensa após o empate frente ao Santa Clara, por 1-1, em jogo da 26.ª jornada da Liga:

[Concorda com a análise de João Henriques?] «Respeito, mas não concordo. Primeira parte ficou muito condicionada pelo vento, sobretudo para nós. A equipa quis, teve a organização e vontade de fazer um jogo positivo em todos os momentos. Tivemos a capacidade de lutar e na segunda parte demos um passo em frente, fomos superiores, com e sem bola, vivemos muito mais no campo adversário, fomos muito intensos. Na globalidade foi um bom jogo, fizemos bom um jogo, hoje sim para ganhar os três pontos. Foi uma pena o lance do empate do Santa Clara. Mas temos de estar orgulhosos, nesta esta altura, com oito jogos, termos 30 pontos… Respeito outros treinadores, mas Vitória foi superior em todos os momentos.

[Empate é justo?] Merecíamos claramente os três pontos. Na primeira parte eles não foram superiores. Depois na segunda, com o vento a nosso favor, a nossa superioridade evidenciou-se. Quatro jogo sem perder, mas não me conformo, quero ganhar sempre, pelos jogadores e pelos adeptos. Quando se joga para ganhar não se fica conformado. Mas ter 30 pontos nesta altura não é mau.

Quero ganhar sempre, agora é pensar no Boavista. Quero ganhar sempre. É possível? Não. Mas quero ganhar sempre. Tanto é que a última substituição foi ofensiva, é esta a mentalidade da equipa, jogar sempre para ganhar. Mentalidade de equipa grande. Na vida, se temos esta mentalidade ficamos mais perto da vitória do que da derrota.

[Quatro jogos sem derrotas, mas oito sem vencer e seis alterações em relação ao último jogo] Temos de ver o lado positivo, gosto sempre de ser positivo. Quatro jogos sem perder. Nesta equipa pode jogar qualquer um, os rapazes deixam a vida em campo. No final do jogo os que não jogaram vieram pedir para treinar. Esta equipa é uma família. Não viemos de um período normal, foram três meses sem jogar. E como treinam todos, com vontade, temos de gerir bem. Depois cada jogo é diferente. Portanto, foi pelo plano estratégico e para gerir os jogadores fisicamente. Há que ter cuidado. Mas nesta equipa, qualquer um que jogue deixa tudo pelo clube e pelos adeptos. Assim podemos ir ao fim do mundo.»