Declarações de Álvaro Pacheco, treinador do Vizela, na sala de imprensa do Estádio do Vizela, após o triunfo (2-1) frente ao Arouca:

«Vínhamos de algum tempo sem vencer, a jogar com um adversário direto, com duas equipas semelhantes, sabíamos que ia ser um jogo muito intenso e agressivo tanto com bola como sem bola. O resultado ia estar sempre imprevisível até ao fim, mas penso que, olhando para aquilo que foi o jogo, a vitória assenta-nos bem pelo que fizemos. Se olharmos para o jogo na primeira parte era justo chegar ao intervalo a ganhar. Penso que o Arouca não fez um remate enquadrado com a nossa baliza, mas posso estar enganado. Dominámos o jogo, criámos oportunidades, na segunda parte o Arouca faz o golo na primeira oportunidade numa bola parada, aí sim, a equipa sentiu um pouco de nervosismo, o Arouca podia ter passado para a frente do marcador, mas pegámos outra vez no jogo, voltámos a ser incisivos e fizemos o 2-1, podíamos ter feito o 3-1. Penso que pelo que o Vizela fez merece claramente a conquista dos três pontos».

[32 pontos são suficientes?] «Não, claramente que não. Se o Vizela quer ficar na premira, como vai ficar, tem de fazer mais pontos. Faltam só três jogos, ficamos a cinco de um adversário direto, mas temos de ter a consciência e a responsabilidade de perceber que não chega. Não tenho dúvidas que quando chegarmos ao treino vamos estar focados no próximo jogo».

[Schettine] «Tem vindo a evoluir muito ao longo do tempo. Teve um período largo sem competição, sem uma regularidade de jogos para explanar o seu potencial. A uma determinada altura começou a crescer, a ganhar condição física, começou a perceber o jogo da forma que eu acho determinante naquela posição. Entrou neste jogo tendo a ver com o momento e com o que a nossa equipa tem vindo a atravessar. Nos últimos jogos não vencemos, mas tivemos oportunidades. É um matador nato, estava confiante, estou feliz por ele e pela equipa».

[Chave foi a reação ao empate?] «Não tenho dívidas nenhumas que esse foi o comento. Se não reagíssemos o Arouca ia marcar o segundo golo. É algo que a minha equipa tem demonstrado, sabíamos que ia ser dividido até ao fim e temos de estar focados no que controlamos. Sabíamos que em determinados momentos o Arouca nos ia empurrar para trás, mantivemo-nos focados e serenos, percebendo que era importante ficar ligados ao jogo».