Declarações de Tulipa, treinador do Vizela, na sala de imprensa do Estádio do Vizela, após o empate a uma bola frente ao Boavista:

«O nosso adversário jogou muito bem na primeira parte. Normalmente é uma equipa que constrói bem, utiliza bem os seus jogadores mais influentes no meio campo, e nós não fomos competentes na nossa pressão. Encontraram sempre espaços para ligar e precisamos de recuperar a bola para a ter, e consolidar a nossa forma de jogar. Fomos algo benevolentes, fomos algo precipitados, não somos muito de andar para a frente com a bola. Chegámos lá duas vezes com perigo, mas o controlo do jogo.
O que fizemos ao intervalo foi simples: mostrámos três ou quatro imagens, com a zona de pressão. Melhorámos isso, ficámos mais pacientes com a nossa circulação. Muitas vezes sentimos algum ruído, percebo que os adeptos querem que a gente ganhe e chegue rápido à baliza, mas não é essa a forma de jogar. Acabámos por sofrer um golo num momento em que estávamos a ter algum controlo do jogo. Depois, às vezes, os jogos ganham-se com a interpretação do que está a acontecer no jogo. Começámos a ganhar duelos, começámos a criar dificuldades, o jogo posicional melhorou e tivemos mais aproximações à baliza do adversário»

[Pressão para chegar ao sexto lugar?] «Não sinto pressão nenhuma. Tenho as coisas bem arrumadas na minha cabeça. Jogámos contra uma equipa com anos e anos de história no futebol português, nós é a segunda época consecutiva. Temos de cimentar a nossa posição. Não podemos olhar ao ruído e esquecer as nossas coisas. Os objetivos constroem-se pelo caminho e não pelo atalho. Temos um caminho, fizemos 21 pontos na primeira volta, queremos fazer 42. Hoje fizemos 39, estamos muito perto. Depois disso vamos a outra história. Dar passos seguros é importante. É importante sentir o querer dos nossos adeptos, mas é preciso que isso não nos traia».