Dois golos de Schettine devolveram o Vizela aos triunfos no jogo inaugural da jornada 31 da Liga, fazendo os vizelenses fugir aos lugares aflitivos da tabela classificativa. Depois de duas derrotas consecutivas que fizeram a linha água aproximar-se, num confronto direto com o Arouca o conjunto de Álvaro Pacheco dá um passo que pode ser determinante para a manutenção (2-1). Os festejos do final do jogo mostram isso mesmo.

Alan Ruiz ainda lançou a dúvida com um excelente golo de livre, no início da segunda parte, mas o abanão não foi suficiente para derrubar um Vizela que, desde o início do jogo, teve maior ímpeto, mesmo o Arouca tendo enviado três bolas aos ferros no decorrer do jogo. Schettine  deu expressão a essa maior vontade vizelense, apontando os dois golos do triunfo.

Passo importante para o Vizela, que se distancia dos três últimos lugares e deixa o Arouca à mercê do que os jogos da jornada ditarem. O embate começou com Artur Soares Dias a liderar a equipa de arbitragem, sendo que na segunda metade o homem do apito foi David Silva. O árbitro internacional português saiu com queixas físicas do jogo

Duas bolas no ferro, uma na rede: Vizela sai na frente

Apesar de não ser decisivo, o embate entre vizelenses e arouquenses tinha o peso de poder definir muito do futuro dos dois emblemas. Por isso, não foi de estranhar o grau de calculismo das duas equipas à flor do relvado. A jogar em casa, chamou a si maior dose de protagonismo o Vizela, assentando o seu jogo sobretudo no despejo de bolas na área.

Contudo, apesar de manietado pelo conjunto de Álvaro Pacheco, sentindo dificuldades em sair para o ataque, os principais sinais de perigo até foram do Arouca. André Silva teve cabeça a mais e em duas ocasiões atirou aos ferros da baliza de Pedro Silva, dando emotividade ao embate desta noite chuvosa em Vizela.

Pelo meio Schettine deixou um primeiro aviso. Pontapé de bicicleta na sequência de um lance de bola parada a testar a atenção de Victor Braga. Um alerta para o que se seguiria. Ao minuto 38 o avançado brasileiro correspondeu da melhor forma a um cruzamento de Igor Julião, adiantando o Vizela no marcador. Vantagem mínima ao intervalo, um resultado que até podia ser mais expressivo, caso Kiko Bondoso não tivesse desperdiçado uma oportunidade soberana em que apareceu isolado na cara do guarda-redes do Arouca.

Alan Ruiz, provoca com arte, mas a noite era de Schettine

Rapidamente o Arouca reentrou no jogo no arranque da segunda metade. Depois de uma primeira parte bem conseguida o Vizela regressou mais amorfo e viu o conjunto de Armando Evangelista crescer. Em apenas quatro minutos chegou à igualdade num livre direto superiormente cobrado por Alan Ruiz. À entrada da área o atacante atirou ao ângulo sem hipóteses para Pedro Silva. Logo a seguir Arsénio atirou aquela que foi a a terceira bola ao ferro dos arouquenses no jogo.

Foi o período menos conseguido do jogo do Vizela, que ainda assim arranjou forças para se recompor e voltar a agarrar-se aos três pontos. Dois nomes que ajudaram a carimbar o primeiro golo  voltara a puxar dos galões para dar os três pontos ao Vizela. Trabalho de Kiko Bondoso na direita a cruzar para a área, saída pouco conseguida de Victor Braga dos postes que deixa a bola à mercê de de Schettine para o avançado bisar.

Segurou o triunfo a equipa do Vizela, conjugou equilíbrio e alguns lances em que podia ter matado o jogo e ganha margem para a cauda da tabela. Cenário oposto para o Arouca, que não venceu pelo terceiro jogo consecutivo e pode ser engolido pela linha de água.