O Vizela voltou a sorrir, ao bater o Portimonense em jogo da 8.º jornada da Liga (1-0). Após seis longos jogos sem sentir o sabor do triunfo, em que o técnico Álvaro Pacheco acreditou tratarem-se de questões de pormenor, esta tarde a pormenor que fez a diferença foi a crença de um central. Anderson marcou ao minuto catorze e garantiu a segunda vitória da época para os vizelenses.

A rubricar uma época positiva, somando cinco triunfos nos últimos seis jogos, o conjunto algarvio não conseguiu impor o seu jogo e apenas manteve o jogo vivo até ao final graças ao desacerto do Vizela nas transições na fase final do encontro. A equipa da casa podia ter matado o jogo em diversas ocasiões – atirou duas bolas aos ferros – mas falhou na finalização.

Ainda assim, foi suficiente para fazer história e, ao quinto capítulo dos duelos com o Portimonense no principal escalão do futebol português, pela primeira vez os vizelenses saem por cima. Balão de oxigénio para o conjunto minhoto na fuga aos últimos lugares.    

Um central a mostra como se faz

Se até aqui Álvaro Pacheco tinha vindo a ficar agrado com as prestações da sua equipa e com o processo desenvolvido, faltando apenas o pormenor para fazer a diferença nos resultados, esta tarde terá começado por pensar precisamente o contrário. Viu o Portimonense entrar melhor no encontro, com Buntic a ter de se aplicar aos dez minutos para, com uma defesa apertada, evitar que os algarvios entrassem na frente.  

Foi o clique para os vizelenses acordarem, com um central a ir lá à frente mostrar como se faz. Na sequência de um lance de bola parada que a defensiva algarvia não conseguiu resolver, a ressaca foi parar a Anderson. Depois do «espirro» na primeira tentativa de remate, o brasileiro insistiu e colocou o Vizela em vantagem no marcador quando estava desenrolados catorze minutos do encontro.

Seguiu-se a passagem para o comando do jogo por parte do Vizela, que procurou um segundo golo que desse maior tranquilidade a uma equipa que não somava qualquer vitória nos últimos seis jogos. O golo que teve o condão de acordar os vizelenses foi o mesmo que fez esmorecer o ímpeto do Portimonense, que teve menos fulgor do que noutros jogos.

Holofotes nas balizas a trave como foco de atração

Com domínio do Vizela, o encontro manteve-se vivo até ao apito final, com os holofotes na segunda metade a estarem nas balizas, mais propriamente nos guarda-redes. Buntic e Nakamura fecharam o caminho das redes, sendo preponderantes para que o marcador se mantivesse inalterável.

Ameaçou várias vezes o segundo o Vizela, esteve também perto do empate o Portimonense. Jogo aberto, portanto, que seguiu nessa toada muito por culpa do poder de atração do ferro da baliza do Portimonense. Por duas ocasiões consecutivas, quando o cronómetro se aproximava do final, o Vizela atirou duas bolas ao ferro.

Osmajic primeiro, Kiko Bondoso depois, desperdiçaram lances de contragolpe cantados, que deixaram Álvaro Pacheco à beira de um ataque de nervos. Justificados. O Vizela desperdiçou vários lances em superioridade numérica.Acabaram ainda assim, a festejar com legitimidade. Travaram um Portimonense que, apesar da exibição desta tarde, segue em posição europeia.