A crença vizelense voltou a ser determinante, tornando-se o principal ingrediente para o triunfo desta tarde frente ao Rio Ave (3-1) no primeiro jogo da segunda volta do campeonato de ambas as equipas. Depois de 45 minutos de completa sonolência, o Rio Ave foi a vencer para o intervalo com um golo de penálti. De pronto, na segunda parte o Vizela operou a cambalhota no marcador.

A tal crença foi essencial para acordar a equipa de Tulipa após uma primeira parte que arrancou bocejos de parte a parte. 45 minutos sem nervo, sem coração e, ao fim de contas, sem nada que se aproveitasse em ambas as equipas. Teve a benesse do jogo o Rio Ave, mas não a soube aproveitar e deixa fugir o Vizela na tabela classificativa.

Dando seguimento à sua intermitência que tem dado triunfos em casa e derrotas fora, o Vizela somou a terceira ronda consecutiva a vencer no seu estádio, ultrapassando o Chaves e colando-se ao Vitória de Guimarães na sétima posição, ainda que à condição.

Castigo máximo dá emoção no último lance

Tranquilos a meio da tabela, igualados com os mesmos 21 pontos à partida para esta jornada, Vizela e e Rio Ave prometiam, à partida, um jogo aberto. Promessa que acabou por não se verificar, pelo menos na primeira parte, uma vez que os dois emblemas anularam-se – literalmente – e à flor do relvado o espetáculo esteve longe de ser brilhante.

Os conjuntos de Tulipa e Luís Freire jogaram pelo seguro, limitaram o erro ao máximo e tirando raros momentos fortuitos, o cronómetro avançou de forma desenfreada sem que se registassem incidências. Aos treze minutos Jhonatan chamou a si as atenções do jogo ao fazer três defesas consecutivas no mesmo lance, evitando que o Vizela se adiantasse no marcador.

Até que já nos descontos da primeira parte Anderson travou Guga no limite da grande, dando origem a um castigo máximo. Aziz, o marcador de serviço, não desperdiçou e praticamente sem se fazer notar na primeira metade, os vila-condenses saíram para o intervalo na frente.  

Cambalhota em vinte minutos

Sorte do jogo para o Rio Ave, que marcou num momento que se poderia revelar chave para definir o jogo, tendo logo de seguida o intervalo para redefinir estratégias. Esse cenário foi anulado por completo pelo Vizela, que após cinco minutos de organização do Rio Ave, tomou conta do jogo e lançou-se em busca de outro resultado que não a derrota.

Teve o tal nervo que vinha a faltar, e a fé inabalável que caracteriza a equipa. Samu preconizou essa fé no golo do empate, ao pressionar Jhonatan, aproveitando o erro do guarda-redes, que foi demasiado lento a desfazer-se da bola. Empate feito, o Rio Ave foi-se por completo abaixo perante um Vizela que se agigantou. O segundo golo, em apenas dez minutos quando estavam decorridos vinte minutos do segundo tempo, tornou-se numa inevitabilidade. Igor Julião deu-lhe corpo com uma cabeçada de rompante ao primeiro poste.

De cabeça ligada, após ter sofrido uma entrada violenta por parte de Santos – deu a expulsão ao vila-condense – Osmajic fechou a contagem já nos descontos. Continuam os dias felizes do Vizela em sua casa, somando o terceiro triunfo consecutivo nessa condição. Cenário contrário em Vila do Conde, com o Rio Ave a somar o quinto jogo sem vencer.