Figura: Jonas
Um destaque obrigatório, antes de mais pelo golo que abriu caminho à vitória: combinou bem com Gaitán e rematou cruzado, de fora da área, para um belo golo. Mas é um destaque obrigatório por mais do que isso. Pela dinâmica, pela técnica, pela forma como mexe com o futebol sempre que entra em jogo. É um craque, inteligente e talentoso, e arrisca-se a ser o melhor deste campeonato.
 
Positivo: ambiente fantástico
O Estádio da Luz não esteve cheio, mas perto disso: mais de 60 mil adeptos que cobriram o recinto de vermelho, de entusiasmo e de carinho. Se há jogo, aliás, em que o público jogou, este foi de certeza um deles: enorme apoio à equipa no início, grande festa quando se sentiu que a vitória estava garantida. Os adeptos foram por isso essenciais no domínio enorme do Benfica sobre o jogo.


 
Negativo: onde andou o Sp. Braga?
Dois remates em todo o jogo, ambos por Pedro Tiba, o primeiro do meio da rua e muito por cima da barra, o segundo para defe fácil de Júlio César, é muito, muito pouco. De resto, mais dois ou três cruzamentos para a área, e foi tudo. É certo que a expulsão de Tiago Gomes, num momento em que a equipa estava obrigada a crescer, condicionou a estratégia, mas mesmo assim um candidato à Champions tem de fazer mais.

Momento: minuto 17, que delícia...
Não foi um momento importante para o jogo: mas quem realmente é apaixonado por futebol não pode ter ficado indiferente ao minuto 17. Numa bola a meio campo, Luisão despachou um chutão para o ar, a bola subiu muito e caiu. Por sorte dela, caiu em cima da ponta da chuteira de Jonas: e ficou ali, domada e mansinha. Um gesto técnico perfeito, incrível, lindo. Um momento de talento.
 
OUTROS DESTAQUES:
 
Eliseu
Foi o jogador do Benfica com mais trabalho defensivo, até porque encontrou pela frente o único jogador (Pardo) que tentou dar profundidade ao futebol do Sp. Braga: mas controlou sempre bem o adversário. Nas subidas ao ataque, rematou três vezes com muito perigo, e na última fez um golaço.


 
Pizzi
Está a tornar-se um senhor médio: forte na posse de bola e no passe, bom nas compensações, até na recuperação cresceu muito. Foi dele, por exemplo, o início da jogada do golo da vitória. Pouco depois ficou perto de marcar após passe de Salvio, mas Aderlán Santos tirou em cima da linha.
 
Salvio
Levou o futebol para a frente, pela direita e em velocidade, claro. Numa dessas vezes tornou-se fundamental ao sofrer um falta dura de Tiago Gomes, que viu o segundo amarelo e foi expulso. Para além disso ainda cabeceou por cima e serviu Pizzi para um remate tirado em cima da linha de golo.
 
Gaitán
Começou bem o jogo, a servir colegas para boas ocasiões de golo. Foi dele, por exemplo, o centro para um cabeceamento perigoso de Jardel e foi dele também o passe para uma oportunidade de Salvio. Depois serviu Jonas para o primeiro golo, acrescenntado mais uma assistência à lista.


 
Jardel
Foi o primeiro a criar perigo no jogo, num excelente cabeceamento na sequência de uma bola parada que Matheus parou em cima da linha de baliza. A partir daí embalou para um jogo certinho e de muita confiança, no qual deu nas vistas até em duas subidas ao ataque para cruzar junto à linha.
 
Matheus
O guarda-redes do Sp. Braga sofreu dois golos, é verdade que sim, mas acabou por ser o melhor da equipa, provavelmente até o único obter nota positiva. Deu nas vistas ao parar um cabeceamento de Jardel na primeira parte e brilhou na segunda com grandes defesas a remates de Lima e Eliseu.