Onze motos, 10 automóveis e quatro pilotos na categoria de camiões são os participantes portugueses para a edição de 2007 do rali todo-o-terreno Lisboa-Dacar. Entre 6 e 21 de Janeiro, deverão estar em prova 25 pilotos lusos.
A organização da prova, a Amaury Sport Organisation (ASO), divulgou esta terça-feira em Lisboa que na edição de 2007 deverão estar presentes 245 motos, 185 carros, 80 camiões e 240 veículos de assistência.
Portugal é a quarta nação melhor representada na categoria de motos, depois da França, Espanha e Holanda. Na edição do ano anterior inscreveram-se 27 pilotos portugueses: 19 automóveis, cinco motos, um camião e um «quad».
Segundo a ASO, a edição deste ano registou um grande aumento nas inscrições com os pedidos a ultrapassarem as vagas disponíveis. «Há três semanas, quando encerrámos as inscrições, tínhamos mais 100 candidatos que as vagas. Se não tivéssemos encerrado, não sei quantas mais iríamos receber», comentou o director de marketing da ASO, Stephane Ruault, citado pela agência Lusa.
Segundo Ruault, o critério de escolha dos candidatos leva em conta a nacionalidade e o passado desportivo dos pilotos, assim como as limitações a que está sujeito o rali, como a logística, a segurança e o objectivo de manter a prova como um desafio humano e não uma simples corrida de construtores.
Nos automóveis, as equipas esperadas são a Mitsubishi, a Volkswagen, a BMW, a Fiat, a Toyota, a Ford, a Hummer e a Isuzu. Nos camiões deverão participar a Kamaz, a Daf, Man, a Renault, a Iveco, a Tatram Hino e a Mercedes, enquanto nas motos está prevista a presença da KTM, da Yamaha, da Honda e da Bombardier.
Portimão e Málaga «correm» para chegar a África
Está ainda por saber qual será a plataforma de ligação entre a Europa e África, sendo concorrentes a cidade portuguesa de Portimão e a espanhola Málaga. Os espanhóis parecem levar vantagem, já que Málaga tem uma carreira regular para Marrocos, «o que não existe ainda em Portimão», esclareceu Rui Oliveira, director de comunicação da Lagos Sport, empresa responsável pela organização do rali em Portugal.
A organização portuguesa estuda ainda a possibilidade de colocar um barco com a capacidade e condições necessárias à disposição da ASO. «Vamos ver se essa possibilidade se vai concretizar. Existe uma vontade muito grande por parte das autoridades, da Lagos Sport e da Aso. Vamos ver se realmente chegamos a bom porto», esclareceu Rui Oliveira.
Os pormenores sobre a lista completa de participantes e etapas serão divulgados a 16 de Novembro, numa conferência de imprensa que se repetirá em Paris e em solo português. O Euromilhões, da Santa Casa, mantém-se como o patrocinador principal voltando a investir 2,5 milhões de euros.