Demorou uma boa dezena de segundos a surgir a resposta. A pergunta colocara-lhe a dúvida de se saber que jogador iria buscar para o Penafiel se lhe fosse oferecida a hipótese de contratar um qualquer atleta de todo o plantel do Benfica. Luís Castro pensou, pensou e pensou. «Queria um guerreiro», respondeu por fim. «Provavelmente o Petit ou o Manuel Fernandes».
Perguntou-se-lhe a razão da escolha, claro. «Vejo o futebol muito pelo aspecto da ambição, da determinação, da vontade de lutar constantemente por um objectivo. Que é o que eu faço no meu dia-a-dia. Por isso queria um jogador que mesmo em momentos baixos trazem dentro deles revolta. Nota-se que há neles movimentos interiores de ambição constante».
A última questão perguntou-lhe se sentia falta de guerreiros no plantel do Penafiel. «Se for de carro e no primeiro dia tiver um acidente, no segundo dia tiver um acidente, no terceiro dia tiver um acidente, ao quarto já quer sair de casa», respondeu. «O futebol é um espelho fiel da vida e numa equipa que perde um, dois, três jogos, o espírito por mais forte que seja vai baixando. Somos humanos e sentimos os problemas».