Luís Filipe Vieira garantiu esta quinta-feira que o lugar de Rui Vitória não está ameaçado.

Apesar da fase menos positiva que os encarnados atravessam esta temporada, o presidente do clube reforçou a confiança no treinador.

«Agora já é o treinador que está em causa. Não há resultado que retire o Rui Vitória deste projeto, ele é o treinador do projeto. Não vale a pena falarem disto. O Rui foi campeão duas vezes e pode conquistar o penta. Não podemos entrar em pânico e ser só um o culpado pela má fase, temos de ser todos. Juntos é que podemos inverter a situação», sublinhou Vieira, em entrevista à BTV.

Vieira prosseguiu, recordando o tempo de duração do contrato com o técnico.

«Penso que os todos os benfiquistas estão identificados com ele e ele com o Benfica. Foi para a mudança que ele veio também. A única coisa que poderei garantir é que ele tem mais dois anos e meio de contrato e irá cumpri-los. Às vezes dizem que está sujeito aos resultados. Já falei com ele e disse-lhe para estar à vontade. Aqui comanda-se de dentro para fora. Alguns já andavam a fazer as malas por ele, mas será o treinador e o Benfica vai até ao fim com ele. Se tiver de renovar até, também renova», vincou.

Ainda na senda dos resultados e do arranque de temporada que deixou muito a desejar aos adeptos, Vieira mostrou-se confiante de que o mau momento já passou.

«Acreditamos que podemos ser pentacampeões. Estamos na luta, temos dois adversários fortes, uma caminhada longa pela frente até maio, mas estamos determinados em chegar ao penta. Ainda temos muito percurso pela frente, mas temos de estar virados para o mesmo lado, não pensem em reforços e aventuras. [Diferença pontual] Não é irrecuperável, as coisas dão a volta de um momento para o outro. Alguém imaginava que perderíamos no Bessa? Se calhar agora estávamos colados lá na frente. O nosso mau momento já passou, agora se calhar serão os outros nesse mau momento. No futebol nada é irreparável, mas também nada está ganho. O objetivo é sempre pensar no próximo jogo, porque o nosso campeonato é muito competitivo, ao contrário do que dizem», reiterou.

Na mesma entrevista, o líder das águias enumerou também as decisões que considerou mais difíceis de tomar.

«Houve três decisões mais difíceis de tomar. A mais difícil foi a construção do Estádio da Luz, ter a ousadia de construir. Convencer o Manuel Vilarinho a construir, ninguém acreditaria. Estava convicto de que iria ser um sucesso, sinal de uma nova vida do Benfica. Ter que falar com o Fernando Santos e dizer que já não seria treinador do dia seguinte. Era o meu parceiro a jogar às cartas. Pensei voltar atrás, mas a decisão estava tomada. A continuidade de Jorge Jesus. Lembro-me que no dia seguinte todos diziam que estava sozinho. O interesse do Benfica estavam a primeiro, se calhar tinha aprendido a lição com o Fernando Santos, aprendi a seguir o meu feeling», explicou.