A SAD do Benfica comunicou à CMVM que o Benfica (clube) enviou uma carta a Luís Filipe Vieira na sequência do recebimento de uma proposta recebida pelo ex-presidente dos encarnados para a venda de participações correspondentes a 3,28 por cento do capital social da SAD.

O clube da Luz entende que Vieira não comunicou informações que considera serem «essenciais e necessárias», entre as quais a identidade do potencial comprador.

«Tendo em conta os elementos de informação constantes da referida carta e aqueles que, nos termos da lei, deverão ser comunicados ao beneficiário de um direito de preferência, constatamos que não foram comunicadas informações essenciais e necessárias sobre os termos e condições contratuais relevantes, designadamente, a identidade do potencial comprador, o(s) prazo(s) e condições de pagamento do preço e eventuais condições adicionais que se mostrem relevantes no contexto do negócio», pode ler-se na carta que é citada no comunicado enviado à Comissão do Mercado de Valores Mobiliários.

«Aproveitamos também para lembrar que, estando em preparação um ato eleitoral, agendado para o dia 9 de outubro, na sequência da demissão dos membros da Direção em funções, qualquer eventual comunicação para exercício de direito de preferência deveria, em atenção aos superiores interesses do Sport Lisboa e Benfica, ser comunicada de forma a poder ser analisada pela nova Direção, em tempo adequado após início das suas funções», acrescenta-se ainda.

Quer isto dizer que o Benfica entende que deve haver uma prorrogação da data limite para o acionamento do direito de preferência, que termina na quarta-feira.

A 7 de setembro, a SAD do Benfica informou a CMVM que Luís Filipe Vieira havia recebido uma proposta para a venda do total das suas participações da SAD por 7,80 por ação, o que correspondia ao valor global de 5,878 milhões de euros e que o exercício ou não do direito de preferência deveria ser comunicado até ao fim de 15 de setembro de 2021.