[artigo atualizado]
O Conselho de Disciplina da Federação Portuguesa de Futebol aplicou 67 dias de suspensão ao presidente do Benfica, por declarações na zona mista do Estádio José Alvalade, após o dérbi com o Sporting, de 22 de abril.
O processo foi sustentado numa participação leonina, de resto, e em causa estão declarações de Luís Filipe Vieira que, no entendimento do CD, lesaram a honra e reputação do presidente do Sporting, Bruno de Carvalho.
Recorde-se que o dérbi da 30ª jornada ficou marcado pela morte de um adepto italiano do Sporting, atropelado nas imediações do Estádio da Luz. Por carta, Bruno de Carvalho convidou Luís Filipe Vieira a assistir ao jogo no camarote presidencial de Alvalade, mas o líder encarnado recusou, e no final do jogo pronunciou-se sobre esse convite.
«Há 15 ou 16 anos os benfiquistas tiveram um demagogo, um populista e um mentiroso compulsivo que nos arrastou para uma situação muito dramática. Felizmente soubemos unir-nos em volta da instituição e soubemos recuperá-la e trazê-la para onde ela hoje está. Deu-nos muito trabalho e por isso quando recebi aquela carta, recordei-me muito desses tempos. É fácil hoje continuarem no futebol populistas, demagogos, mentirosos compulsivos e isso um dia mais tarde vão dar-me razão», disse Vieira.
Embora o presidente do Benfica nunca se tenha referido diretamente a Bruno de Carvalho, o Conselho de Disciplina acaba por dar provimento à queixa do Sporting. Para além dos 67 dias de suspensão, a decisão contempla ainda uma multa de 3.902 euros.
