Luís Filipe Vieira deixou uma garantia, em entrevista à TVI: se for provada corrupção do Benfica, apresenta a demissão como presidente encarnado.

«Não misturo o Paulo Gonçalves com o Benfica. O que posso garantir é que, se algum dia se provar que o Benfica praticou atos ilícitos, de corrupção, garanto que me demito. Estive sempre na primeira linha para defender a verdade desportiva», afirmou.

Vieira garantiu que não existiu qualquer conversa com Paulo Gonçalves que remeta para tais atos ilícitos, e deixou elogios ao profissionalismo do antigo assessor jurídico, que classificou como «uma pessoa de confiança».

«Num primeiro momento, nada sabíamos. A juíza não decretou nenhuma medida de coação ao Paulo Gonçalves. Ele não queria continuar na SAD, mas por unanimidade dissemos que ele tinha de continuar. Depois, num segundo momento, é constituído arguido, e então foi ele, de livre vontade, que veio dizer que não tinha condições para continuar, que queria dedicar-se à sua defesa. Que a pressão que existia era má para o Benfica e para a família dele. Não foi condenado, e o que é mau para o Benfica é que perdeu um grande profissional», afirmou Vieira.

«Quem sou eu para condenar o Paulo Gonçalves? Já fomos todos condenados em praça pública. Em tribunal é que vamos provar a nossa inocência. Uma coisa é certa: não estão lá ofertas de dinheiro a ninguém, prostitutas, almoços com árbitros em minha casa...», acrescentou.

Recandidatura anunciada

Embora esteja a cumprir um quinto mandato, que termina apenas em 2020, Luís Filipe Vieira antecipou, nesta entrevista à TVI, que vai recandidatar-se.

«Ainda faltam dois anos de mandato e posso já dizer que vou ser candidato. Mais quatro anos...e se tiver de fazer mais, vou fazer», afirmou.

«Pelo trabalho que desenvolvi, de certeza que a grande maioria vai votar em mim», acrescentou depois.

A CRONOLOGIA DA ENTREVISTA DE LUÍS FILIPE VIEIRA À TVI