Futebol e política de mãos dadas nas imediações do Lviv Arena. O atual contexto social, massacrado por uma austeridade sem precedentes, potencia estas chamadas de atenção.

Um enorme boneco a representar Pedro Passos Coelho segura num cartaz e sugere à chanceler alemã a alteração do acordo negociado com a troika.

«Sra. Merkel, podemos pagar a dívida com golos?»

A resposta de Berlim ainda não terá chegado aos ouvidos do nosso primeiro-ministro. Mas não seria mal pensado precaver um «sim» de Merkel e começar já este sábado a fazer golos.

Os acessos ao estádio são, como já escrevemos, deficientes. Além do piso estar em más condições, as vias de comunicação são escassas e primárias.

Só mesmo quem chegou cedo terá conseguido evitar a confusão que se anunciava.

Dentro do estádio a festa tem sido fantástica, em boa verdade. A chuva ainda se fez anunciar, após um dia de extremo calor, mas rapidamente desapareceu sem deixar rasto.

As bancadas estão já praticamente cheias, com os alemães em clara supremacia. Os adeptos portugueses concentram-se em duas zonas e lutam como podem frente à agressividade vocal dos teutónicos.

Uma palavra final para o relvado: parece em excelente estado.

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