O afastamento de Bosingwa e Ricardo Carvalho da Selecção Nacional é, para Gilberto Madaíl, um assunto encerrado. O presidente da Federação Portuguesa de Futebol começou por referir-se aos dois casos como «difíceis de ultrapassar», o que não descartava completamente o regresso, mas depois foi um pouco mais além.

«Respeito o desabafo dos jogadores, mas respeito fundamentalmente o seleccionador. Se ele diz que são casos arrumados, então são casos arrumados», disse o dirigente, presente no último dia do congresso «Football Talks», organizado pela Liga.

Madaíl continua a olhar para Ricardo Carvalho como um «excelente jogador», mas assume que era «o último que imaginava a criar problemas à Selecção». «Teve uma atitude completamente impensável e de difícil resolução», acrescentou, para depois falar de Bosingwa: «Teve uma atitude incorrecta, que motivou a resposta do treinador. Há um denominador comum: não se deviam ter pronunciado sobre o treinador da forma que o fizeram.»

Ainda a propósito de Paulo Bento, mas em relação à vontade que o seleccionador tem de clarificar o seu futuro antes do Euro 2012, Madaíl lembrou que não seguiu essa prática ao longo da sua liderança: «Nunca defini antes do desenvolvimento de uma fase final, mas se o Paulo Bento pensa assim, então a futura direcção terá de ver se é possível.»

Embora tenha sido proposto para presidente honorário da Federação por Fernando Gomes (e depois por Carlos Marta), Gilberto Madaíl continua sem revelar quem preferia ter como sucessor. «Não devo ter preferência. Estou à disposição de ambos», respondeu.