Apesar da decisão do Tribunal Cível do Porto, que considerou nulo o contrato assinado entre a Liga de Clubes e Betandwin, Gilberto Madaíl é da opinião que o organismo que gere os campeonatos profissionais agiu com legitimidade e que o problema está nas diferenças entre a realidade legal portuguesa e europeia.

«A legislação portuguesa privilegia o monopólio da Santa Casa e dos casinos. A legislação europeia é mais flexível e mais aberta nessa matéria. A Liga fez um contrato e eu acho bem que tenha feito esse contrato e que tenha capacidade financeira», disse o presidente da federação.
Madaíl não teme que a decisão do tribunal tenha repercussões imediatas no futebol português, uma vez que o caso «ainda não transitou em julgado e alguém irá recorrer».
O secretário de Estado do Desporto, Laurentino Dias, não quis comentar o caso, mas foi dizendo que o «futebol português é muito forte para estar em causa, qualquer que seja a circunstância».
A Associação Portuguesa de Casinos anunciou entretanto que vai pedir uma indemnização à Liga de clubes e à Betandwin, após a decisão judicial. A Betandwin defende pelo seu lado que o tribunal não invalidou o contrato e garante que vai manter o vínculo à Liga, bem como as acções de publicidade.