O presidente da Federação Portuguesa de Futebol (FPF), Gilberto Madaíl, explicou esta segunda-feira as razões que levam a FIFA a estar mais favorável a uma candidatura única ao Mundial-2018, em vez de uma conjunta, como acontece com Portugal e Espanha.
Depois de o presidente da UEFA, Michel Platini, ter dito que o projecto Ibério podia ser um dos «favoritos», Madaíl congratulou-se com as «palavras agradáveis» do francês. Logo de seguida, o presidente da FPF revelou, quanto às preocupações da FIFA, que «quando o senhor [ Joseph] Blatter [ presidente daquele organismo] fala sobre esse assunto, a preocupação dele é que haja uma duplicação de custos», disse Madaíl, à «Lusa».
«Não é nada disso que estamos a pensar nem é esse caminho que vamos seguir», acrescentou, antes de revelar que «o presidente da FIFA e os restantes membros do comité executivo ficaram muito penalizados com o que aconteceu na Coreia do Sul e no Japão», pois nesse Mundial, «houve dois centros de custos e a rentabilidade da prova não teve nada a ver com a do Campeonato do Mundo da Alemanha, em 2006».
Por isso, Gilberto Madaíl referiu que Portuga e Espanha «tranquilizaram» a FIFA sobre o assunto, uma vez que a candidatura ibérica implicará um centro de custos e «apenas com um comité organizador, que vai integrar pessoas espanholas e portuguesas».
«Isto deve ser algo que nos deve colocar numa situação de igualdade com as candidaturas únicas. Não vamos gastar mais dinheiro que uma candidatura única», concluiu.