A viver um curto período de descanso em Portugal, Abel Ferreira confessou que a sua maior referência desportivamente é José Mourinho.

«A nossa maior referência é o Mourinho. Foi o primeiro a abrir portas. Para mim, é a referência top dos treinadores portugueses, pelo que ganhou e nos clubes em que ganhou. Uma coisa é ganhar nos grandes clubes, outra coisa é ganhar no FC Porto, Chelsea...», começou por dizer, em entrevista ao canal brasileiro SportTV.

O treinador do Palmeiras, vencedor da Taça do Brasil e da Libertadores, tentou beber ao máximo dos ensinamentos do Special One que chegou a levar três livros sobre ele para a lua de mel. 

«Quando casei, levei três livros do Mourinho para a lua de mel. A minha mulher perguntou o que é que ia fazer com os livros. 'Não vai haver tempo para estudar ou ler', disse ela [risos]. Nessa altura era jogador e levei-os para descobrir por que razão se falava tanto dele. Os jogadores do FC Porto diziam que ele lhes dava uma moral que pareciam o Pelé. O que é que o treinador português têm? Todos os treinadores, do que ganhou mais ao que ganhou menos, falam da sua experiência. Conversamos muito entre nós. O treinador português partilha e gera conhecimento», referiu. 

Apesar de ter alcançado a glória no Brasil, Abel começou a temporada no PAOK. O técnico luso lembrou o jogo da terceira pré-eliminatória da Liga dos Campeões contra o Benfica, e defendeu que seria mais difícil afastar a equipa de Jesus numa eliminatória a duas mãos. 

«Queria que saísse o Benfica porque íamos apanhá-los em início de processo. Foi o que pensei. Eles vão estar a aprender e nós vamos matá-los em casa porque vamos estar à frente na preparação. Em dois jogos, e tenho de ser honesto, o Benfica passava. Mas a um só jogo e na Grécia sabia que era possível. Já levava um ano de trabalho, a minha equipa estava consolidada e tinha vantagem. Analisando individualmente, perdia o jogo, mas coletivamente estávamos melhor. Tínhamos todas as condições para seguir em frente e a vitória teve um impacto tremendo. Eliminámos o Benfica. Acho que já ganhei mais vezes ao Jesus do que ele a mim», recordou.

Veja a entrevista de Abel: