Abel Ferreira foi expulso no passado fim de semana, na conquista da Supertaça do Brasil ante o Flamengo de Vítor Pereira, por pontapear um microfone que estava junto à sua área técnica e a atitude do técnico do Palmeiras gerou muitas críticas, tendo sido até comparado a Bruno, antigo guarda-redes do Flamengo que foi condenado por homicídio.

Essa comparação mereceu uma postura do Palmeiras, que defendeu o treinador em nota oficial. Ora, na última madrugada, após o triunfo sobre o Mirassol (2-0), Abel refletiu sobre a sua postura junto ao banco de suplentes.

«Em relação ao meu comportamento no jogo, estou aqui para ganhar. Eu gosto de competir. Digo aos meus jogadores que é preciso fazer o que for preciso para ganhar. E eu também faço, dentro das regras. Futebol é um jogo de regras para mim e para os jogadores. Quem transgredir as regras, é punido. Foi o que aconteceu. O treinador do Palmeiras transgrediu as regras e foi punido», começou por dizer.

No entender do treinador português, as críticas às suas atitudes serviram para diminuir a vitória do Palmeiras.

«Quando olho para isto tudo, penso assim: o brasileiro vive num país que gosta de novelas. Que belo enredo criaram aqui para fazer uma novela para calar e esconder o grande título, e inédito, que o Palmeiras ganhou. Desculpem, o que eu fiz, outros treinadores já fizeram», vincou.

«Eu reconheço que o meu comportamento passou dos limites, e por isso fui punido. Reconheço que é um processo que tenho de melhorar. Mas não foi nada que outros treinadores já não tenham feito. Quiseram valorizar o meu comportamento em vez de valorizar a classe e categoria do grande espetáculo que houve, entre duas grandes equipas. Não fiz nada que o Guardiola não tenha feito, que o Klopp, Mourinho, Roger Federer, Ayrton Senna e [Alain] Prost, disputando um título e batendo um no outro», rematou.