O Palmeiras vai defrontar o Al Ahly esta terça-feira em jogo da meia-final da Mundial de Clubes e, na antevisão do jogo, o treinador português Abel Ferreira desvalorizou o facto de ter ficado de fora da lista dos melhores treinadores do Mundo, mesmo depois de ter conquistado duas Taças dos Libertadores consecutivas à frente do clube paulista.

«Quero é que minhas filhas, mulher, presidente e jogadores gostem de mim. Não gosto de dar entrevistas, fico no meu canto e faço o que sei, treinar meus jogadores. O resto não controlo, não tenho a missão de procurar quem são os melhores. Não vivo com recordes, com história, vivo o aqui e agora. A minha filosofia de vida é ser feliz, tanto faz o que os outros dizem, se for elogio ou crítica. Respeito todas as decisões, opiniões, mas sou focado no meu trabalho, na minha família, no Palmeiras e nos meus jogadores, porque eles fazem de mim um melhor treinador», comentou o treinador.

Quanto ao embate, o Palmeiras volta a defrontar o Al-Ahly depois de, em 2020, ter perdido com o campeão do Egito no desempate por penáltis na definição do terceiro lugar. «O futebol é mágico por não ser uma ciência exata. Não ganha quem investe mais, o futebol tem muito a ver com vontade, com organização e o que vimos foi uma equipa do Al Ahly muito bem organizada, que sabe o que faz em campo e compete para ganhar. Foi o que vi», destacou o treinador em relação ao triunfo do Al Ahly sobre os mexicanos do Monterrey.

Passados dois anos, Abel Ferreira considera que o Palmeiras chega agora com mais experiência a Abu Dhabi. «Estamos sobretudo atentos e alerta. O Gómez já disse, temos uma experiência de ano e meio juntos, jogos importantes e decisões importantes que vivemos juntos e que nos dá experiência. Para enfrentar este tipo de equipa será importante sermos pacientes, seguros e no momento certo aparecer no lugar certo e fazer o que treinamos. Ser uma equipa sólida, eficaz e focada nas tarefas individuais e coletivas. Se as fizermos, estaremos mais perto de vencer o jogo», destacou ainda.