Depois de ter deixado o comando da seleção do Qatar, Carlos Queiroz admitiu que pode vir a abraçar um novo projeto, embora esteja focado em descansar nas próximas semanas.
«É mais importante olhar e pensar o que gostaríamos que acontecesse amanhã do que estar a viver de memórias. E nestas últimas semanas, desde que vim do Qatar, dei comigo a pensar mais nas memórias do que no amanhã e não quero ficar nesse patamar», disse o técnico de 70 anos aos jornalistas, depois de ser homenageado no 32.º aniversário da Faculdade de Ciências do Desporto e Educação Física (FCDED) da Universidade de Coimbra.
Queiroz destacou que «nunca se deve dizer nunca» e assumiu que pode continuar a carreira como treinador ou noutras funções ligadas ao futebol.
«O futuro pode passar pelo terreno, poderá ser no futebol mas noutra atividade… neste momento preciso de descansar. Foram 24 anos fora de Portugal, nunca estive um mês sem treinar, passei sempre de um contrato para outro a seguir, e ao fim de 46 anos tirar dois meses de férias também me faz bem à cabeça», vincou.
«Nunca decidi pela parte financeira nem institucional, decidi sempre pelo que me atraía mais e que acreditava que me ia dar prazer e que seria um desafio grande para as minhas capacidades técnicas e intelectuais», disse ainda.
Refira-se que, na mesma cerimónia, também foi distinguido Vítor Bruno, treinador-adjunto do FC Porto.