A FIFPro, Federação Internacional dos Jogadores Profissionais de Futebol, pediu hoje à UEFA a suspensão do CSKA Sófia das competições europeias por incumprimento contratual com sete ex-jogadores, por dívidas que superam no total um valor superior a um milhão de euros.

Entre este lote de jogadores cujos contratos foram não foram cumpridos durante o ano de 2015, estão os portugueses Bernardo Tengarrinha, Sérgio Ribeiro e Nilson Barros.

Ao MAISFUTEBOL, Tengarrinha explica o diferendo que o levou a rescindir contrato com o clube búlgaro em 2015: «Assinei por três anos, mas recebi apenas um mês e meio de salário. Estive lá seis meses e depois regressei a Portugal. O clube pediu-me para baixar o meu salário, mas não aceitei e na sequência disso rescindiram contrato comigo. Foi uma decisão totalmente ilegal.»

O médio português de 29 anos revela que o clube lhe deve «mais de 200 mil euros». Por causa das dívidas, nas últimas épocas o CSKA passou a utilizar para competir a licença de outro clube. Porém, a FIFPro requer que a equipa, que está no segundo lugar do campeonato, não seja elegível para se inscrever na Liga Europa da próxima época, caso não salde as dívidas para com os ex-jogadores.

«Tenho estado em contacto com os advogados e com a FIFPro, mas da parte do clube ninguém falou comigo até hoje e não faço a mínima ideia das intenções deles», revela Tengarrinha.

De referir que Tengarrinha, que atuava no Boavista, suspendeu a carreira em outubro do ano passado após lhe ter sido diagnosticado linfoma de Hodgkin.

Na eventualidade de clube e jogadores não chegarem a acordo, o caso será decidido pelo Tribunal Arbitral do Desporto.