Ricardo Pereira tem aproveitado o período de isolamento social para acelerar a recuperação da grave lesão que contraiu em março, mesmo antes da suspensão da Premier League. O lateral português do Leicester tem vindo a recuperar em casa e diz que sente «melhorias todos os dias».

O defesa de 26 anos lesionou-se mesmo no último jogo antes da suspensão da Premier League, frente ao Aston Villa. Uma lesão nos ligamentos cruzados de um joelho que ditou uma intervenção cirúrgica e a antecipação do final da temporada, mas com a competição suspensa, tem vindo a progredir a passos largos.

«Tem vindo a correr bem. Os primeiros dias foram duros, senti muitas dores a seguir à operação e era muito complicado movimentar-me, até para ir à casa de banho», começa por contar em conversa com a Sky Sports.

Ultrapassado o período mais «duro», Ricardo Pereira procura agora recuperar em casa. «A cada dia que passa sinto-me melhor, tenho mais potência na perna e já consigo fazer movimentos que não conseguia depois da operação, o que é bom porque sinto melhoria todos os dias. Desde a operação que tenho estado em casa. Acordo, desço e começo a reabilitação. A maior parte das coisas posso fazer em casa, mas três ou quatro vezes por semana faço uma video-chamada para o nosso fisioterapeuta para ele ver como estou», conta o defesa que, além dos exercícios, passa o tempo «a ver séries e filmes com a família».

Antes da interrupção, o Leicester estava bem encaminhado para se qualificar para a Liga dos Campeões, ocupando o terceiro lugar da classificação com uma vantagem confortável de oito pontos sobre o Manchester United, o quinto classificado. Ricardo Pereira atribui a boa temporada da equipa ao comando do treinador Brendan Rodgers.

«Desde que ele chegou [fevereiro de 2019] as coisas mudaram para melhor. Em termos coletivos e individuais, penso que boa parte do nosso sucesso deve-se a ele», destaca o internacional português.

Ainda antes da suspensão da Premier League, o Leicester já tinha mandado os jogadores para casa, depois de três jogadores [os nomes não foram divulgados] terem apresentado suspeitas de ter contraído o novo coronavírus. Os testes realizados acabaram por dar negativo.

«Tiveram apenas uma gripe normal. Não tinham febre, tinham alguma tosse. O clube quis jogar pelo seguro e pediu-nos para ficarmos em casa, mesmo pensando que não seria a covid-19. Felizmente não era mesmo o vírus, foi bom para eles, ficámos contentes com isso», conta ainda o defesa português.