Luís Castro tem estreia agendada na Liga dos Campeões para esta quarta-feira, com o Shakhtar Donetsk a receber o Manchester City, e em entrevista ao jornal espanhol Marca o técnico português de 58 anos faz uma viagem pela carreira.
 
«Comecei nos regionais e cheguei aqui graças ao meu trabalho duro. Estou muito feliz com a minha carreira. Mas, para mim, a Liga dos Campeões não é uma meta que alcancei, mas sim mais um passo», disse o técnico que, nesta quarta-feira, mede forças com Pep Guardiola.

 «Guardiola é um dos melhores treinadores do mundo, e o Man City é uma grande equipa. Na Ucrânia é normal termos 70 por cento de posse de bola, e desta vez isso não vai acontecer. Temos de estar preparados mentalmente para isso: não podemos permitir que estar sem bola crie stress. Impor a nossa qualidade vai ser muito difícil, mas temos condições para fazê-lo em cada segundo do encontro. Queremos ser melhores que o City, embora saibamos que é um grande desafio», referiu.
 
Com um plantel com forte influência brasileira, Luís Castro falou da relação que estes jogadores têm com o clube: «O Shakhtar tem uma identidade própria e os brasileiros criam aqui raízes e têm um sentimento de pertença. A união dos ucranianos com os brasileiros forma uma família. A palavra chave em todo o clube é ‘respeito’.»
 
Por essa presença canarinha, o técnico acredita que a presença de um português no comando é benéfica: «O treinador, aqui, deve ser português ou russo, porque assim só precisamos de um tradutor. Se não fosse assim, seriam necessários dois tradutores.»