Paulo Fonseca admitiu que o seu desejo em treinar a Roma começou quando jogou, precisamente, no Estádio Olímpico, ao comando do Shakhtar Donetsk contra os italianos.
 
«Tenho de dizer que, como português, sempre vi futebol e a Roma era um dos clubes que sempre gostei mais. Tenho de confessar que comecei a sentir o desejo de treinar a Roma quando joguei com o Shakhtar no Olímpico. Havia uma atmosfera e um ambiente fantásticos, e eu pensei que iria gostar de treinar a Roma com estes adeptos, com esta atmosfera. Num período curto de tempo, vai ser possível ganharmos algo», começou por dizer, em entrevista à Teleradiostereo.
 
O antigo treinador do Sp. Braga e do FC Porto criticou o facto de, em Itália, se poder correr em parques públicos, mas não se poder utilizar os complexos de treino.
 
«O futebol deveria recomeçar com os treinos. Não consigo entender porque podes correr num parque cheio de pessoas e não podes treinar em Trigoria [n.d.r centro de treinos da Roma], onde há todas as possibilidades de trabalhar em segurança. Temos três campos e é mais seguro do que ir para o parque. Há todas as condições em Trigoria», reiterou.
 
O treinador português considerou ainda que é importante regressar o futebol, para que se esqueça o problema social que se vive com a pandemia da covid-19.
 
«Neste momento, é importante. Nesta situação difícil, a Roma pode ajudar a esquecer os problemas sociais. Se tivermos uma equipa que faz os adeptos sonhar, a cidade vai apoiar e esquecer o problema que vivemos neste momento. Aqui é diferente de todos os sítios em que treinei, as pessoas estão muito ligadas à equipa e tudo o que fazemos influencia os romanos. Se estava orgulhoso antes, agora estou ainda mais, porque a Roma tem feito um grande trabalho social. Isto mostra a ligação entre as pessoas e a equipa, é mais importante que os resultados», finalizou.