O futuro profissional de Jorge Jesus é nesta altura uma das maiores questões da atualidade desportiva brasileira que permanece sem resposta e o técnico português abordou o assunto numa conferência de imprensa após ser distinguido como cidadão honorário do Rio de Janeiro.

«Valorizo muito o sentimento e neste momento não me passa mais nada pela cabeça que não trabalhar no Flamengo. O futebol é cruel e o que eu sei hoje é que vou continuar a trabalhar no Flamengo com muito empenho e certeza de que tenho mais um objetivo para conquistar para a nação do Flamengo e para o povo brasileiro», disse, referindo-se ao Mundial de Clubes em dezembro, no Qatar.

«Se fosse pelo coração, claro que tinha de ficar no Flamengo. Mas há outros fatores que são importantes na vida de um treinador: nunca olhei para a minha carreira, pelo menos para esta decisão de vir para o Brasil, pela componente económica. Vim pela componente desportiva, porque se fosse pela parte económica não tinha vindo para o Brasil. (…) Vamos passo a passo e a pensar no que é melhor para o Flamengo e também para mim», referiu após mais uma questão com o assunto.

Em menos de meio ano, Jorge Jesus já venceu dois troféus pelo Flamengo, aproveitou para fazer uma espécie de balanço daquilo que descreveu como um «casamento perfeito» e reiterou o orgulho sentido pela homenagem prestada esta segunda-feira: «Têm sido cinco meses: dos mais importantes da minha carreira. (…) Estes troféus foram os mais importantes na minha carreira, mas eu também já ganhei muitas coisas importantes em Portugal e nunca fui homenageado como fui aqui no Brasil: isso mexeu comigo.»