Em entrevista à beIN Sports, canal com o qual iniciou agora uma colaboração durante a Taça Asiática, José Mourinho recordou o relacionamento com os jogadores egípcio que treinou ao longo da carreira.

O técnico português começou por falar sobre Mohamed Salah, avançado que hoje dá cartas no Liverpool mas que teve uma passagem muito discreta pelo Chelsea de Mourinho, que aproveitou para explicar por que razão o jogador não vingou nos blues.

«Foram ditas muitas coisas que não são verdadeiras. Eu sou o treinador que comprou Salah. Joguei contra o Basileia na Liga dos Campeões quando ele era um miúdo. Apaixonei-me pelo miúdo. Pressionei o clube para o comprar e tínhamos jogadores fantásticos no ataque. (...) Ele era um miúdo perdido em Londres, num mundo novo. Quisemos trabalhá-lo para se tornar cada vez melhor, mas ele tinha a ideia de jogar e não de esperar. (...) Quando o clube decidiu vendê-lo, não fui eu», começou por dizer.

Ao longo de toda a carreira, Mourinho só treinou dois jogadores egípcios: Salah e Sabry, com que teve uma relação difícil durante a curta passagem pelo Benfica. O caso de Sabry, explicou o técnico português, foi diferente.

«Sabry era um jogador talentoso e era importante no Benfica na altura. Encontrou-me num momento da minha carreira em que eu tinha também de provar também algo em termos de liderança e ele não era o jogador com a melhor disciplina. Tivemos um pequeno confronto de ideias, onde um treinador quer ser super-profissional e um jogador que está um pouco do lado engraçado do jogo», disse.

Recorde-se que quando era treinador do Benfica, Mourinho chegou a criticar publicamente o jogador numa célebre conferência na qual disse ser difícil gostar de um jogador que demorava oito minutos a preparar as botas e as caneleiras.