O avançado português Flávio Paixão, que venceu esta quinta-feira a Taça da Polónia pelo Lechia Gdansk, não conteve algumas lágrimas no final da conquista e explicou, no rescaldo da vitória por 1-0 ante o Jagiellonia Bialystok, o porquê da emoção, justificada com trabalho e as críticas às vezes recebidas dos adeptos.

«Senti que valeu a pena trabalhar no duro dez meses. As pessoas só olham para nós no campo e, às vezes, quando alcançamos um resultado menos bom, não sabem o que está a acontecer nos treinos, não tendo a ideia de que o jogador de futebol pode ter outros problemas com os quais tem de lidar. Fiquei comovido, porque pensei no quão importante é essa taça», explicou, em declarações ao jornal Przeglad Sportowy.

Paixão fez a assistência para o golo decisivo, apontado já aos 90+6’, por Sobiech, já depois de ter visto um golo seu anulado pelo VAR, pouco antes. O português lembrou a eliminatória da Champions entre Manchester City e Tottenham para explicar o que sentiu nesse momento, aos 86 minutos.

«Lembrei-me do jogo do Manchester City contra o Tottenham. Também marcaram no final e ficaram felizes e, alguns minutos depois, estavam em desespero. Felizmente, continuámos a acreditar. Ainda bem que não acabámos como o City», comparou, lembrando o 5-3 da segunda mão dos quartos de final, em Manchester, que foi anulado à equipa de Pep Guardiola.

Além de Paixão, o português João Nunes também conquistou a taça.