O Mónaco está perto de quebrar um jejum de 16 anos sem vencer o campeonato francês. Bernardo Silva reconhece a oportunidade em fazer história, mas não quer ouvir falar de festejos.

«Ontem sabíamos que éramos quase campeões, mas não comemoramos nada. Temos de acabar o nosso trabalho na quarta-feira. Sabemos que estamos perto. É quase impossível não sermos campeões, mas no futebol nunca se sabe», afirmou o médio em conferência de imprensa, destacando o papel de Leonardo Jardim no sucesso monegasco.

«Desde o início da temporada tudo funcionou muito bem dentro e fora do relvado. O treinador tem-me ajudado muito pessoalmente. Criou um grupo muito coeso, com uma atmosfera muito boa. Funciona muito bem com jogadores jovens. O trabalho de equipa deste ano é incrível», revelou.

A nível individual, Bernardo leva 11 golos e 12 assistências em 56 aparições. O internacional português diz sentir-se confortável no principado. «Sinto-me muito bem aqui. Esta é a minha terceira temporada e podemos terminar campeões. Há dois anos fomos aos quartos-de-final da Champions, este ano chegámos às meias. Nós jogamos para ganhar títulos no Mónaco. Queremos continuar», vincou.

O dono da camisola dez está nomeado melhor jogador do campeonato francês. Esta segunda-feira concorre com Marco Verratti (PSG), Edinson Cavani (PSG) e Alexandre Lacazette (Olympique de Lyon) para arrecadar o troféu na gala dos prémios da União Nacional de Futebolistas Profissionais.

O jogador de 22 anos relativiza a distinção.

«Todos os jogadores são avaliados individualmente. Será bom se eu vencer, mas o que interessa são os títulos coletivos. O Euro, o Festival Eurovisão da canção, a hipótese do título, é um grande ano para Portugal», lembrou.

A equipa de Leonardo Jardim tem uma vantagem de três pontos para o PSG, quando os parisienses apenas têm um jogo para jogar. O Mónaco tem uma diferença favorável de 17 golos e precisa de um ponto nos dois jogos que faltam. Ou seja, só uma hecatombe tirará o título ao conjunto de Bernardo e João Moutinho.