Em 1987, após ter sido campeão europeu pelo FC Porto, Paulo Futre rumou ao Atlético Madrid, mas o destino esteve muito perto de ser outro.

A revelação foi deixada pelo próprio ao Mundo Deportivo, onde tem estado a comentar a atualidade desportiva. «Quão perto estive do Barcelona? Tão perto que até assinei. Antes do famoso contrato do Messi num guardanapo esteve o meu», começou por dizer.

Futre explicou que os dirigentes de FC Porto e Barcelona chegaram a acordo logo após a final diante do Bayern Munique na Áustria. «Chegaram a um acordo numa cervejaria de Viena e o contrato foi escrito num guardanapo. Naquele momento eu era o jogador mais cobiçado da Europa e Nuñez [n.d.r.: presidente do Barcelona entre 1978 e 2000] não queria deixar escapar a contratação e por isso contratou-me na noite da final», revelou.

O que falhou então para que Paulo Futre acabasse no Atlético Madrid? O treinador, que até acabaria por deixar o clube catalão no final da época. «Só não vesti a camisola culé porque o treinador Terry Venables descartou a minha contratação. O mesmo Venables que também descartou contratar a custo zero o Van Basten, que tinha saído do Ajax.»

Futre deixou marca no Atlético Madrid e voltou a captar a atenção do Barcelona. «O Johan Cruyff tentou contratar-me várias vezes, fez pelo menos três tenttivas. Fui a sua primeira opção antes do Stoichkov», disse, antes de uma espécie de jura de fidelidade ao Atlético Madrid. «Num universo paralelo estou a receber passes longos de Koeman no Dream Team. Mas prefiro sonhar com Cruyff a treinar o meu 'Atleti' comigo, Schuster, o pichichi Manolo e o resto dos meus companheiros. Não consigo é imaginar Cryuff e o meu querido presidente Jesús Gil a suportarem-se muito tempo», concluiu.