Renato Paiva foi à euforia quando o Botafogo chegou ao 3-2 diante do Estudiantes, aos 85 minutos, em jogo da quinta jornada da Libertadores. O treinador português festejou efusivamente o golo de Artur, virou-se para trás e levantou o dedo do meio.

Logo a abrir a conferência de imprensa após a partida, Paiva quis explicar o que aconteceu. O técnico do Fogão garantiu que o gesto não foi para os adeptos nem para o treinador adversário, mas sim para um adjunto que queria que substituísse Artur, o autor do golo que deu a vitória.

«Anda a circular na internet um gesto que eu fiz. Já estão a dizer que é para os adeptos ou para o treinador argentino. A história é a seguinte: houve uma discussão entre a minha equipa técnica sobre tirar o Artur. Eu disse que não iria tirar o Artur. "Ah, mas ele está em risco e desgastado". Não vou tirar. Quando o Artur faz o golo eu fiz aquilo à boa maneira portuguesa para o meu colega de equipa técnica. Que fique bem claro. Nunca iria fazer isso para os meus adeptos», começou por dizer.

«Não há um gesto de desrespeito na minha carreira para qualquer elemento do jogo. Nenhum. Não há nenhum momento registado da minha parte de desrespeito para elementos do jogo, apenas uma expulsão em 23 anos. Nos sub-17 do Benfica. Quem me conhece, sabe. Isto foi uma brincadeira porque era constantemente um pedido de tirar o Artur pela parte física, o GPS. E eu tinha o feeling de que não tinha de tirá-lo porque era um dos melhores em campo. Quando sai o golo eu até me estou a rir», frisou.

«Só se eu fosse estúpido, e não sou, é que faria isso para os adeptos, que não me fizeram mal nenhum. Muito menos para o árbitro, corria o risco de me expulsar. Que não comecem no pântano da internet a criar filmes», afirmou ainda.