Já lá vão quase três meses desde que apresentou a demissão no Marselha, mas André Villas-Boas não tem pressa para voltar aos bancos. Até surgir um bom convite, o técnico português dedica-se à paixão pelo automobilismo, e neste fim de semana participa no Rali de Vieira do Minho, associado a uma causa solidária.

«O mercado do futebol está mais competitivo, mas sei bem o que pretendo e ainda quero fazer algumas experiências exóticas. A passagem pelo Marselha foi um desafio único, mas não tenho pressa. Vamos ver o que aparece em maio e estudar as hipóteses. Se não aparecer algo que me agrade, o mais certo é continuar a acelerar por aí», referiu o técnico, citado pela agência Lusa.

Villas-Boas lembrou que «há muitos técnicos de qualidade que estão livres», e avançou mesmo os nomes de Marco Silva, Leonardo Jardim ou Bruno Lage.

«Começou a haver uma aposta em gente mais jovem, que pode resultar ou não. As vitórias do Zidane, no Real Madrid, por exemplo, trouxeram um interesse pelos treinadores ex-jogadores, como Pirlo ou o Lampard. Isso faz com que haja mais competição e soluções no mercado», acrescentou.

Relativamente à experiência no Rali de Vieira do Minho, Villas-Boas alertou que tem pouca experiência com o Citroen C3 que vai pilotar, até porque está mais habituado a competir em SSV, mas em todo o caso pretende rentabilizar a paixão pelos carros e o espírito competitivo, com diversão pelo meio.

«O futebol é a minha profissão, com outro tipo de pressão e expectativas, mas os automóveis são uma paixão. Vamos um pouco para brincar, mas o meu espírito competitivo faz-me sempre abusar na velocidade e mostrar pouco carinho pelo carro [risos]», afirmou.