Massimo Furlan, artista suíço, vai proporcionar um momento especial no Estádio do Dragão. Nesta sexta-feira (21h), os adeptos terão a oportunidade de rever os movimentos de Rabah Madjer na final da Liga dos Campeões de 1987, quando o argelino marcou um inesquecível golo de calcanhar frente ao B. Munique (1-2).

Madjer estará presente no evento, assim como Artur Jorge, treinador do F.C. Porto nessa histórica campanha europeia. Furlan, que já realizou experiências do género noutros palcos, pisará o relvado do Dragão durante 90 minutos, repetindo todos os passos do argelino no Estádio do Prater, em Viena.

O público poderá rever o encontro, que será transmitido através dos ecrãs gigantes do recinto. Haverá lugar a um relato integral, este ao vivo, sobre o B. Munique-F.C. Porto de 1987. Para tal, os adeptos devem levar um rádio para ser sintonizado na frequência 102.1 FM. Lá em baixo, estará então Massimo Furlan a correr, a reclamar, a fintar e rematar, até a reproduzir o golo de calcanhar. Tudo isto em noventa minutos, sem bola.

«Todos se lembram dessa vitória e o espectáculo ajudará a recuperar essas memórias, num processo de interacção entre espectadores e o artista. Quanto a mim, sou um simples actor, como se Madjer tivesse escrito um guião para mim. Ele estará a ver, tal como o treinador Artur Jorge, fico muito orgulhoso por isso», explicou Furlan aos jornalistas, nesta quarta-feira, antes do ensaio.

«Público está envolvido»

Furlan dedica-se, sobretudo, a recuperar as memórias da sua própria infância. «Em miúdo, ficava em casa a ouvir relatos na rádio e tentava copiar o que imaginava os jogadores a fazer. É o que farei na sexta-feira. Vi várias vezes o B. Munique-F.C. Porto, decorei ao máximo os movimentos de Madjer e vou recriá-los, com as minhas limitações, porque não sou atleta e já não sou jovem», brincou o suíço, agora com 45 anos.

Para além dos desejados incentivos do público, Massimo Furlan gostaria de contar com um treinador no banco, a dar instruções. Michel Hidalgo, antigo seleccionador da França, fez isso mesmo quando o artista decidiu recriar a exibição de Platini no França-Alemanha Ocidental de 1982.

«É uma espécie de filme, mas sobretudo uma recriação do que fazíamos quando éramos crianças. Espero que o público perceba o seu papel, que encoraje, que cante, porque também está envolvido na performance», conclui Furlan.

Recorde o golo de Madjer em Viena



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