Rabah Madjer será para sempre uma figura da história do F.C. Porto e não perde o rasto à ex-equipa. O autor do mítico golo de calcanhar na final da primeira Taça dos Campeões Europeus ganha pelo clube, não esquece o clube onde viveu os pontos mais altos da carreira e confessou ter seguido o percurso da equipa na temporada passada, com André Villas-Boas ao leme.

«O F.C. Porto é um grande clube, com uma grande estrutura. Foi uma sorte para mim jogar lá. Todos os treinadores que trabalharam no F.C. Porto ganharam qualquer coisa. O melhor elemento é o presidente, Pinto da Costa. Ganhou tudo em 25 anos. Sabe como dirigir uma equipa, como adquirir bons jogadores e como tratar os treinadores», afirmou o antigo internacional argelino, em entrevista ao jornal francês «Le Buteur».

O sucesso da equipa portista na temporada transacta levou a inúmeras comparações com os campeões de Viena, em 1987. Para Madjer é «impossível» comparar as duas equipas. «Éramos uma grande equipa e ganhámos a Liga dos Campeões contra o Bayern Munique do Matthaus e do Rummenigge. É uma coisa que não fica perto do que conseguiu o Mourinho com a equipa que venceu o Mónaco, mas sem praticar um grande futebol. E o Villas-Boas venceu a Liga Europa contra uma equipa pequena, como o Sp. Braga», frisou.

De resto, Majder acha «possível» que André Villas-Boas siga os passos de José Mourinho e considera Alex Ferguson o melhor treinador da actualidade. Depois de ter passado sete anos como jogador dos dragões e dois como treinador nos escalões de formação, Madjer não descarta voltar.

«Treinar o F.C. Porto? É difícil responder a essa pergunta, mas se fosse convidado era uma honra e diria que sim. Mantenho relações muito boas com o Porto. Continuo um adepto da equipa. O F.C. Porto é uma segunda família para mim», resumiu.